Esses 4 carros despencaram de preço neste ano
Avanço tecnológico acelerado, alta concorrência e infraestrutura limitada derrubam preços de modelos elétricos e premium
O mercado automotivo brasileiro enfrenta, em 2025, um dos períodos mais críticos em termos de desvalorização de veículos, especialmente entre os modelos elétricos e de luxo.
A combinação de avanços tecnológicos rápidos, mudanças nas preferências do consumidor e a forte concorrência internacional levou a perdas expressivas no valor de revenda de modelos consagrados.
Carros elétricos e de luxo em queda livre
Entre os veículos mais impactados estão:
- Renault Kwid E-Tech (elétrico): desvalorização de 38%
- BMW X4 (combustão): queda de até R$ 56 mil
- BMW iX1 (elétrico): perda de até R$ 52 mil
- Nissan Sentra (combustão): desvalorização de 15%
- Honda ZR-V (combustão): desvalorização de 14%
Elétricos perdem força no valor de revenda
Apesar de representarem o futuro da mobilidade, os carros elétricos estão perdendo valor rapidamente no Brasil. O principal motivo é a chegada de marcas chinesas como BYD e GWM, que oferecem modelos mais tecnológicos a preços acessíveis, minando a competitividade de fabricantes locais.
Além disso, a rápida evolução tecnológica faz com que modelos lançados há poucos anos fiquem defasados em termos de autonomia, conectividade e assistência à condução. A infraestrutura de recarga, embora crescente, ainda é insuficiente para a demanda, o que também freia a valorização.
Luxo sob pressão
O segmento premium também sente os efeitos dessa reconfiguração de mercado. Modelos como BMW X4 e BMW iX1 perderam mais de R$ 50 mil em valor de mercado nos primeiros meses de 2025.
Altos custos de manutenção, somados à busca por alternativas com melhor custo-benefício e menor impacto ambiental, vêm afastando consumidores do mercado de luxo tradicional.
Reação do mercado
A situação exige respostas rápidas de montadoras e revendedoras, que estão revendo estratégias para adequar estoques, atualizar portfólios e atrair consumidores mais exigentes. Incentivos fiscais, novas tecnologias e mais infraestrutura são algumas das demandas do setor.
Mesmo diante das quedas, o segmento de veículos eletrificados mostra sinais de crescimento: 25.544 unidades foram vendidas apenas nos dois primeiros meses de 2025, segundo a ABVE, revelando que o interesse persiste, embora o cenário exija cautela.