Estudo aponta para um destino fatal do universo que ninguém esperava

Cosmólogos analisam possíveis desfechos do universo: congelamento, ruptura do espaço-tempo ou colapso gravitacional reverso

14/08/2025 17:46

O fim do universo ainda é um mistério repleto de hipóteses e debates entre cientistas. Embora não haja uma resposta definitiva, a comunidade científica trabalha com três teorias principais sobre como e quando tudo pode acabar: o grande congelamento, a grande ruptura e o grande colapso.

Para entender essas possibilidades, é necessário voltar ao início: o Big Bang. Segundo os modelos cosmológicos, há cerca de 13,8 bilhões de anos, toda a matéria e energia do universo estavam concentradas em um único ponto. A partir dessa singularidade, ocorreu uma expansão que deu origem às galáxias, estrelas, planetas e à própria noção de tempo e espaço. E essa expansão segue até hoje, aparentemente em aceleração.

1. O grande congelamento
Essa teoria prevê que, com a expansão contínua, as galáxias e estrelas se afastarão até que o universo se torne frio e escuro. A formação de novas estrelas cessará, e as já existentes desaparecerão, resultando em um universo silencioso e vazio um verdadeiro “cemitério cósmico”.

2. A grande ruptura (Big Rip)
Mais drástica, essa teoria considera que a energia escura, uma força misteriosa com efeito oposto ao da gravidade possa se intensificar a ponto de romper não só as galáxias, mas também sistemas estelares, planetas, átomos e até o tecido do espaço-tempo. O universo seria literalmente rasgado de dentro para fora.

3. O grande colapso
Nesse cenário, a expansão desaceleraria até parar, revertendo-se em uma contração. Todas as estruturas do universo se reaproximariam, aumentando em calor e densidade até colapsar novamente em uma singularidade. Alguns cientistas cogitam que isso possa dar início a um novo Big Bang, em um ciclo eterno.

Apesar dos modelos teóricos, o professor Raul Abramo, da USP, ressalta: “ainda sabemos muito pouco sobre o universo”. Avanços como telescópios espaciais e a detecção de ondas gravitacionais prometem, em breve, lançar luz sobre esse grande enigma cósmico.