Estudo revela nova forma de comunicação entre baleias e humanos

As baleias jubarte e azuis demonstram um uso eficiente da comunicação comparável ao da linguagem humana

14/08/2025 17:50

Um estudo recente, liderado por pesquisadores da Stony Brook University, analisou 65.511 sequências de canto de cetáceos e descobriu que as baleias utilizam métodos avançados de compressão de informações.

Este estudo, publicado na revista Science Advances, comparou a comunicação das baleias com 51 línguas humanas, destacando sua eficácia.

Como as baleias deixam sua marca na comunicação?

O estudo focou especificamente na aplicação das leis de Menzerath e Zipf para explicar a eficácia das vocalizações das baleias. A lei de Menzerath sugere que estruturas grandes se tornam mais eficientes quando divididas em partes menores, um padrão observado em 11 das 16 espécies de baleias analisadas.

Essa habilidade permite que as baleias transmitam informações complexas de forma rápida e com pouco esforço, essencial para sua sobrevivência debaixo d’água.

Os pesquisadores observaram que as baleias jubarte e baleias-azuis seguem a lei de Zipf, onde elementos comunicativos frequentes são curtos. A eficiência das baleias ao respirar e comunicar-se sob a pressão da água reflete a precisão com que esses animais ajustam suas mensagens, ajustando sons para criar um sistema de linguagem eficaz.

Baleias e humanos: Comparações de comunicação

Das espécies estudadas, 11 demonstraram uma aplicação da lei Menzerath mais eficiente do que a encontrada em humanos. Este achado desafia a percepção comum de que a sofisticação linguística é exclusiva dos seres humanos.

As comunicações das baleias não se limitam apenas a interações sociais, mas são cruciais para atividades como caça coordenada e cortejo, revelando um nível de organização comunicativa que ainda estamos começando a compreender plenamente.

O mundo animal e suas estratégias comunicativas

Este estudo das baleias ampliou o entendimento humano sobre como a pressão evolutiva moldou habilidades de comunicação em várias espécies. Não é só entre cetáceos que se encontra complexidade. Golfinhos, por exemplo, têm assobios individualizados, e elefantes se comunicam por meio de ultrassons.

O campo da bioacústica continua a evoluir, permitindo avanços na compreensão das formas como os animais se comunicam e interagem com seus ambientes. Com os dados analisados até aqui, os próximos passos na pesquisa focarão em como esses padrões podem influenciar a nossa compreensão da linguagem e cognição animal.