Fim do universo pode chegar muito antes do que imaginávamos, dizem cientistas

Nova estimativa é baseada na radiação de Hawking aplicada a estrelas anãs brancas e reduz significativamente a previsão anterior

14/08/2025 17:46

Cientistas da Universidade Radboud, nos Países Baixos, anunciaram uma revisão das previsões sobre o prazo para o fim do universo. De acordo com o estudo realizado em maio deste ano, o universo pode acabar em 10 elevado à 78ª potência em anos.

Este dado, baseado na radiação Hawking aplicada a estrelas anãs brancas, reduz drasticamente a estimativa anterior de 10 elevado à 1.100 potência em anos. Esta descoberta representa uma mudança significativa na compreensão cosmológica atual.

As estrelas anãs brancas, conhecidas por sua longevidade, foram analisadas através deste novo método, originalmente aplicado apenas a buracos negros. A aplicação da radiação Hawking a outros corpos celestes lança nova luz sobre o tempo de vida esperado do universo. Este estudo revela um ciclo de evaporação onde as estrelas são gradualmente desintegradas ao longo de bilhões de anos.

Impacto da radiação Hawking no prognóstico

A radiação Hawking desempenha um papel central nesta revisão, estendendo-se agora para além dos buracos negros e ajudando a prever a longevidade de outras estruturas cósmicas.

As estrelas anãs brancas apresentaram um exemplo ideal para testar essa metodologia. Isso porque sua massa densa e campo gravitacional permitiram a avaliação precisa de sua evaporação ao longo do tempo.

Energia escura e possibilidades de colapso

Junto com a radiação Hawking, a energia escura continua a ser uma força enigmática no universo. Ela é responsável pela aceleração da expansão cósmica, mas estudos indicam que sua constância pode ser variável.

Se a energia escura enfraquecer, a gravidade poderia prevalecer, iniciando uma contração do universo. Este fenômeno, chamado de Big Crunch, sugere que o universo pode reverter seu ciclo de expansão, potencialmente colapsando em um ponto singular massivo.

Cenários alternativos para o fim do universo

Além dos modelos de evaporação e potencial de colapso, outros cenários para o fim do universo permanecem em discussão científica. Um deles é a Grande Ruptura, onde a energia escura se intensificaria ao ponto de desintegrar completamente os corpos celestes, quebrando até suas partículas subatômicas.

Em contraste, o Grande Congelamento prevê que o contínuo afastamento galáctico levará a um esfriamento global, deixando o universo sem fontes de energia ativa e transformando-o em um vácuo frio e extinto.

Direções futuras da pesquisa

Continua a haver um esforço significativo para elucidar a verdadeira natureza da energia escura e seus efeitos no universo. Utilizando observações melhoradas e modelos teóricos robustos, a comunidade científica espera refinar o entendimento dessas forças cósmicas. A precisão dos novos métodos de cálculo e observação astronômica será fundamental nas próximas décadas para confirmar estas previsões.

Em conclusão, as revisões sobre o fim do universo oferecem uma perspectiva mais tangível da sua evolução futura, porém, não representam uma ameaça imediata.