Com 102 filhos, Musa Hasahya Kesera, de Uganda, enfrenta um desafio diário para sustentar sua extensa família. Ele é marido de 12 mulheres e avô de 578 netos, vivendo na aldeia de Bugisa, no leste do país.

Sua jornada começou em 1972, quando, influenciado por conselhos familiares, decidiu aderir à poligamia como meio de gerar prosperidade. No entanto, os desafios econômicos e a complexidade dessa estrutura familiar se tornaram um peso significativo.

O início da trajetória de Musa foi marcado por decisões baseadas em expectativas culturais. Acreditava-se que uma família numerosa traria riqueza e prestígio.

Contudo, a realidade se mostrou diferente. Com menos de um hectare de terra disponível, sustentar sua vasta família é uma tarefa hercúlea. As condições econômicas precárias obrigaram Musa a buscar alternativas para suprir as necessidades básicas.

Desafios diários

A carga de sustentar 102 filhos não é trivial. A moradia da família, composta por uma casa modesta com telhado de zinco e cabanas de barro, reflete a precariedade em que vivem.

As refeições, frequentemente limitadas a mandioca cozida, destacam a realidade das dificuldades enfrentadas. As esposas de Musa optaram pelo uso de anticoncepcionais para evitar aumentar ainda mais a família, reconhecendo a impossibilidade de sustentar novos membros.

Em Bugisa, a vida gira em torno de atividades de subsistência. Muitos membros da família de Musa tentam garantir seu sustento diário com serviços para vizinhos, além das atividades agrícolas e de pecuária. A dependência do trabalho conjunto da família é inevitável. As mulheres se dedicam ao artesanato e tarefas domésticas, enquanto a falta de recursos limita as oportunidades para todos.