O possível retorno do horário de verão no Brasil volta ao debate, após a suspensão da medida em 2019. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), responsável pelo monitoramento energético, sugeriu a reintrodução como forma de mitigar déficits futuros.

Essa decisão ainda está sob avaliação do presidente da República, com base em informações técnicas fornecidas por entidades do setor. As discussões, centradas nas necessidades energéticas durante os períodos secos, destacam o papel do horário de verão na redução da demanda durante os picos de consumo. Até o momento, não há confirmação do retorno da prática.

Justificativas

O ONS indicou que o retorno ao horário de verão poderia aliviar as pressões sobre o sistema elétrico, especialmente entre 18h e 21h. Estudos destacam que essa medida pode reduzir a demanda máxima de energia em até 2,9% e economizar aproximadamente R$ 400 milhões durante os meses de outubro a fevereiro.

A fácil implementação e os custos operacionais reduzidos tornam o horário de verão uma estratégia viável em comparação com outras ações energéticas mais onerosas. As fontes renováveis, como solar e eólica, exigem maior flexibilidade, apoiando a retomada do horário alterado para otimizar a utilização desses recursos.

Desafios energéticos

A seca prolongada no Brasil, particularmente nas regiões Sul e Sudeste, influencia diretamente a decisão sobre políticas energéticas, incluindo o horário de verão. O aumento das energias renováveis também molda o debate, uma vez que o aproveitamento das condições climáticas é essencial.

Durante os períodos de menor geração solar, a reimplantação do horário de verão poderia redistribuir a demanda e reduzir o uso de fontes mais caras, como termelétricas.

Atualmente, o Ministério de Minas e Energia monitora a situação energética do país, preparando-se para reavaliar a política em 2025, conforme as condições de suprimento demandem.