Jeito que você dorme pode elevar chances de desenvolver Alzheimer
Privação de sono e distúrbios como apneia aumentam o risco de Alzheimer ao afetar a limpeza natural de toxinas no cérebro
Em um mundo dominado por telas, notificações e excesso de estímulos, a qualidade do sono tem sido cada vez mais negligenciada. No entanto, especialistas alertam: dormir mal pode aumentar significativamente o risco de desenvolver Alzheimer.
Segundo neurologistas, a privação de sono crônica compromete a capacidade do cérebro de eliminar toxinas um processo essencial para a saúde cognitiva.
Quem dorme mal corre mais risco de desenvolver Alzheimer, alertam neurologistas
Durante o sono profundo, entra em ação o chamado sistema glinfático, responsável por remover resíduos metabólicos e proteínas tóxicas, como a beta-amilóide. Quando dormimos menos do que o necessário por longos períodos, esse sistema falha, permitindo o acúmulo dessas substâncias, o que acelera a deterioração cerebral e pode levar ao Alzheimer e ao declínio cognitivo precoce.
Além da privação de sono, distúrbios como a apneia do sono representam outro fator de risco. A condição causa pausas respiratórias frequentes durante a noite, gerando hipóxia (falta de oxigênio) e inflamação cerebral.
Especialistas defendem que todo paciente com diagnóstico inicial de Alzheimer deveria ser avaliado para apneia, pois o distúrbio não tratado acelera a progressão da doença.
Outro dado alarmante:
apenas 4% da população é metabolicamente saudável. Isso significa que 96% das pessoas já apresentam algum grau de desequilíbrio cardíaco, glicêmico ou lipídico, agravantes quando combinados à falta de sono, predisposição genética e exposição intensa às redes sociais.
Para reduzir esses impactos, estratégias como a respiração consciente têm ganhado destaque. Considerada uma “musculação para o cérebro”, essa prática ajuda a diminuir o estresse, melhorar a qualidade do sono e equilibrar a mente, funcionando como aliada em tratamentos de longo prazo para a saúde neurológica.