Milionários do Brasil estão concentrados em um lugar que ninguém imagina
Cidade mineira tem a maior renda média do país, com destaque para qualidade de vida e presença de grandes empresas e executivos
Nova Lima, cidade localizada a apenas 25 quilômetros de Belo Horizonte (MG), foi apontada como o município com maior concentração de ricos no Brasil. A conclusão é de um estudo realizado por Marcelo Neri, economista da Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em dados recém-divulgados da Receita Federal.
De acordo com a pesquisa, Nova Lima apresenta uma renda média de R$ 6.253,03 por habitante, o maior valor entre as mais de 5.500 cidades brasileiras. A região também possui um patrimônio líquido médio de R$ 321.820,35 por pessoa.
A cidade abriga a prestigiada escola de negócios Fundação Dom Cabral e é um polo de residências de alto padrão, sendo escolhida por executivos e empresários que buscam qualidade de vida próxima à capital mineira.
Nova Lima lidera ranking de cidades com maior concentração de ricos no Brasil
Em segundo lugar no ranking aparece Santana de Parnaíba (SP), conhecida por seus condomínios fechados e proximidade com a capital paulista. A cidade apresenta renda média de R$ 5.817,37. A terceira posição ficou com Aporé (GO), com média de R$ 5.233,93, impulsionada pelo agronegócio.
Na sequência, destacam-se também São Caetano do Sul (SP), tradicionalmente conhecida por seus altos índices de desenvolvimento humano, e Florianópolis (SC), capital melhor posicionada, com renda média de R$ 3.998,30.
Segundo o economista Marcelo Neri, os dados revelam um padrão curioso: as cidades com maior concentração de renda não são necessariamente as mais produtivas economicamente. “A qualidade de vida e a atratividade residencial pesam mais do que a produtividade. É onde os ricos escolhem viver“, afirma.
Na outra ponta da tabela, o Maranhão concentra a maioria dos municípios com menor renda, incluindo Fernando Falcão, com uma média de apenas R$ 19,89 por habitante. O Distrito Federal, por sua vez, lidera entre as unidades federativas, com renda média de R$ 2.981.