O governo brasileiro começou a aplicar no último dia 1º de julho um aumento no imposto de importação para carros elétricos e híbridos. As novas alíquotas integram um plano do Comitê Executivo de Gestão da Camex, estabelecido em 2023, e visam fortalecer a competitividade dos veículos produzidos localmente.

As taxas agora variam de 25% a 30%, impactando diretamente a indústria automotiva nacional ao tornar os modelos domésticos mais atrativos comparativamente aos importados.

O aumento das alíquotas afeta o custo dos veículos eletrificados no Brasil. Por exemplo, carros híbridos plug-in, cuja alíquota passou de 20% para 28%, podem ver seus preços aumentarem de R$ 240.000 para R$ 256.000. No entanto, fabricantes podem evitar repassar o aumento ao consumidor, dependendo de suas políticas comerciais.

De janeiro a maio de 2025, as importações de veículos totalizaram 186.181 unidades, com 49,81% sendo eletrificados, o que justifica a ação governamental para ajustar tributos e equilibrar o mercado entre modelos importados e nacionais.

Estratégias das montadoras

Muitas montadoras estrangeiras estão investindo na produção local para enfrentar a nova alíquota de importação. A construção de fábricas no Brasil não só atende à demanda crescente, como também se encaixa nas regras de isenção do imposto para cotas de importação anuais.

Empresas como BYD e GWM já estabeleceram operações no país, tornando o setor de veículos eletrificados mais competitivo. Esta mudança é fundamental, visto que até 2026 a alíquota de importação deve alcançar 35% para todos os veículos eletrificados, promovendo ainda mais a produção nacional.

A forte presença de marcas chinesas, que dominam uma grande parte do mercado de veículos eletrificados no Brasil, destaca a importância de se adaptar às novas exigências tributárias. Com o contínuo crescimento das importações, o governo brasileiro visa fortalecer a indústria automotiva local através de incentivos e ajustes fiscais apropriados.