NASA faz nova descoberta surpreendente sobre Marte
Novo estudo indica que até 99% da água marciana pode estar aprisionada em rochas, contrariando a ideia de que ela evaporou completamente
A ideia amplamente aceita até então era que, com o passar de bilhões de anos, toda a água que um dia correu por rios e oceanos no planeta vermelho evaporou para o espaço, devido à baixa gravidade e à atmosfera rarefeita.
Mas o novo estudo aponta para outra possibilidade: grande parte dessa água pode nunca ter ido embora.
Então, para onde foi a água de Marte?
A pesquisa, financiada pela Nasa, indica que até 99% da água que existiu por lá pode estar preservada em minerais, presa na crosta do planeta. Se confirmada, essa descoberta muda o entendimento atual sobre Marte e seu potencial de abrigar vida no passado.
Durante muito tempo, a principal pista sobre a perda de água marciana foi a alta presença de deutério na atmosfera — uma versão mais pesada do hidrogênio, que tende a ficar para trás quando a água se dispersa no espaço.
Mas, segundo os pesquisadores, a quantidade observada não é suficiente para explicar toda a perda estimada, equivalente a metade do Oceano Atlântico.
A nova hipótese une duas frentes: parte da água realmente teria escapado, mas uma porção significativa pode ter se fixado nas rochas, formando minerais hidratados como argilas. Esse processo também ocorre na Terra, onde esses materiais retornam à superfície com o movimento das placas tectônicas.
Em Marte, no entanto, essa reciclagem geológica não acontece. A água permanece aprisionada nas profundezas, invisível a olho nu.
A Nasa afirma que o planeta não reaproveita essa água presa em sua crosta — e por isso as estimativas anteriores podem ter ignorado boa parte da história.
Se a água ainda está lá, o mistério sobre a vida marciana pode estar apenas começando a ser desvendado.