Nem ouro e nem prata: esse é o metal mais caro de todo o planeta

Este metal raro e versátil vale mais do que ouro e é usado tanto em joias quanto na indústria automotiva

14/08/2025 17:29

Quando se fala em metais preciosos, o imaginário popular corre direto para o ouro e a prata. Mas o trono da realeza metálica pertence a outro elemento, essencial nos bastidores da indústria automotiva.

Extremamente rara, de brilho discreto e de valor altíssimo, esse metal vem movimentando indústrias, redefinindo padrões de consumo e atraindo olhares atentos do mercado. Estamos falando da platina.

Platina: um metal raro com muitas utilidades, mas escasso

Espera-se que o aumento nas vendas de carros a diesel na Europa amplie o uso desse metal em conversores catalíticos — os responsáveis por reduzir emissões poluentes. À medida que países como China, Japão e os próprios europeus endurecem suas regulamentações ambientais, cresce também a exigência por catalisadores mais eficientes. E aí entra a platina.

O paládio, concorrente mais barato, ganha espaço nos catalisadores, revertendo uma tendência dos últimos anos. O mesmo movimento ocorre na Ásia e Europa, impulsionado pelas flutuações nos preços e pela tentativa de fabricantes se protegerem da volatilidade do mercado.

Ainda assim, a platina segue firme como um dos metais mais caros hoje — e não é à toa. Para extrair uma única onça, são necessárias mais de 10 toneladas de minério. Mais de 80% da produção mundial vem de apenas dois países: África do Sul e Rússia. Um metal escasso e caro, suscetível a crises geopolíticas.

Sua demanda também é diversificada. Está presente em medicamentos contra o câncer, marca-passos, discos rígidos e até no promissor mercado da energia limpa. Mesmo no setor de joias, apesar da concorrência do ouro branco e do paládio, a platina é um símbolo de exclusividade e status.

E enquanto muitos se impressionam com os preços do ouro, a platina lembra que valor não é só questão de fama — mas de raridade e versatilidade.