Donald Trump, presidente dos EUA, anunciou que a Coca-Cola concordou em substituir o xarope de milho por açúcar de cana nas bebidas vendidas no país. A declaração ocorreu na plataforma Truth Social, mas a Coca-Cola ainda não confirmou oficialmente a mudança.

A iniciativa pode impactar significativamente o mercado global de açúcar de cana, beneficiando exportadores como Brasil, México e outros.

A Coca-Cola, desde a década de 1980, tem utilizado o xarope de milho como adoçante principal nos EUA. Isso ocorre devido a políticas agrícolas que favorecem o milho por meio de subsídios e tarifação sobre importações de açúcar.

A possível implementação da troca pelo açúcar de cana elevaria a demanda pela commodity e fortaleceria relações comerciais com países exportadores.

Impacto para a economia brasileira

O Brasil, segundo maior produtor mundial de açúcar, pode ser beneficiado pela mudança. Nos últimos anos, especialmente entre 2019 e 2024, as exportações brasileiras para os EUA aumentaram significativamente.

Em 2024, as exportações totalizaram US$ 1,55 milhão. Se a Coca-Cola adotar o açúcar de cana, tais números tendem a crescer, impulsionando a economia brasileira e gerando mais empregos no setor.

Preferência do consumidor

A preferência dos consumidores americanos por produtos adoçados com açúcar de cana pode influenciar a Coca-Cola. A versão mexicana do refrigerante, ou “Mexican Coke”, adoçada com açúcar de cana e vendida em garrafas de vidro, é bastante popular nos EUA, onde é considerada mais saborosa. 

Entretanto, a proposta de mudança enfrenta resistência. A indústria do milho, um setor poderoso nos EUA, tem mostrado preocupação, citando possíveis perdas de empregos e efeitos econômicos adversos.