Nova teoria desafia tudo o que sabemos sobre o início do universo

Pesquisadores propõem que nosso cosmos surgiu de um colapso gravitacional seguido por um "quique", e não de uma singularidade

14/08/2025 17:45

Uma nova teoria científica está sacudindo as fundações da Cosmologia moderna. Em vez de surgir de uma singularidade no Big Bang, nosso Universo pode ter nascido dentro de um buraco negro formado em outro universo maior, uma ideia ousada, mas fundamentada em física conhecida, sem precisar de partículas exóticas ou dimensões extras.

A proposta, publicada no Physical Review D, mostra que, sob certas condições, o colapso de matéria não termina em um ponto de densidade infinita. Graças ao princípio de exclusão de Pauli e à interação entre gravidade e mecânica quântica, haveria um “quique” (ou bounce), iniciando uma nova fase de expansão como a que vemos hoje.

Universo pode ter nascido dentro de um buraco negro, e não do Big Bang, diz novo estudo

Adeus, singularidade?
A teoria do Big Bang parte de uma singularidade é algo que desafia as leis da física. O novo modelo elimina esse impasse ao mostrar que a matéria, ao colapsar, chega a um limite imposto pela física quântica e é forçada a se expandir novamente, formando um novo universo, dentro do buraco negro que originou o colapso.

Universo filho de um universo-pai
Se correto, isso colocaria nosso Universo como uma espécie de “universo-filho”, gerado dentro de um buraco negro de um universo-mãe maior. Todo o cosmos observável estaria dentro desse buraco negro, uma perspectiva tão radical quanto a de Galileu, ao afirmar que a Terra não era o centro de tudo.

Vantagens do modelo

  • Explica a origem do Universo sem precisar de inflação cósmica ou energia escura fictícia;
  • Previsões testáveis, como uma pequena curvatura espacial positiva, diferente da geometria perfeitamente plana do modelo padrão;
  • Explica fases aceleradas do cosmos como efeitos naturais do quique, sem campos hipotéticos;
  • Pode esclarecer a origem de buracos negros supermaciços e a formação das galáxias.

O que vem por aí?
Missões como Euclid e Arrakihs poderão testar previsões do modelo, buscando sinais de curvatura espacial ou relíquias de objetos do colapso anterior. Se confirmadas, essas evidências dariam suporte a um ciclo cósmico eterno, moldado pela gravidade e pela mecânica quântica.

Não estamos vendo o nascimento de tudo, mas a continuação de um ciclo cósmico“, resumem os autores.