Novo estudo mostra como melhorar muito na matemática

Veja como a neuroestimulação pode auxiliar nas dificuldades matemáticas e melhorar o desempenho

14/08/2025 17:52

A neuroestimulação tem potencial para melhorar habilidades matemáticas, conforme revelou recentemente um estudo na revista científica PLOS Biology. Cientistas internacionais investigaram a técnica de estimulação transcraniana por ruído aleatório (tRNS) aplicada ao cérebro para transformar o desempenho matemático.

O grupo de pesquisa testou estudantes da Universidade de Oxford, dividindo-os em dois grupos. Metade recebeu a estimulação tRNS durante testes matemáticos, resultando em uma melhoria de performance significativa.

Os participantes que apresentavam dificuldades registraram avanços notáveis. A técnica usa uma pequena corrente elétrica no couro cabeludo para atingir áreas do cérebro responsáveis por memória e raciocínio.

Impacto nas habilidades de cálculo

A técnica mostrou beneficiar especialmente aqueles com baixa conectividade cerebral. Esses estudantes tiveram uma melhora notável, destacando o potencial da tRNS para reduzir desigualdades cognitivas.

No entanto, participantes com desempenho já elevado não apresentaram avanços consideráveis. Isso sugere que a técnica pode ser mais eficaz para quem enfrenta desafios educacionais específicos.

Os pesquisadores acreditam que a estimulação pode influenciar neurotransmissores como o GABA, o que ajuda a equilibrar a atividade cerebral e torna mais eficientes as conexões neurais.

O futuro da personalização educacional e desafios éticos

Além de suas evidentes vantagens para o aprendizado matemático, a neuroestimulação propõe uma revolução no ensino personalizado. Reconhecendo diferenças individuais, a abordagem poderia maximizar o potencial dos alunos, especialmente se adotada amplamente por instituições educacionais e clínicas de reabilitação cognitiva.

Como toda inovação, a técnica enfrenta desafios éticos. A acessibilidade é uma preocupação, já que a tecnologia pode criar ainda mais desigualdades se for disponível apenas para quem tem condições financeiras. Além disso, o uso da neuroestimulação ainda está confinado a ambientes controlados, tendência que deve mudar à medida que estudos futuros avaliam sua segurança e eficácia em larga escala.

O uso da tRNS no campo educacional tem potencial transformador, mas precisa superar desafios para se tornar uma ferramenta acessível e segura para todos. A continuidade das pesquisas promete solidificar ainda mais seu papel na educação e na neurociência.