O Brasil tem 5 classes de riqueza. Veja em qual você se encaixa e quanto é preciso para chegar ao topo
No contexto brasileiro, a categorização das classes sociais segue critérios predominantemente econômicos
A noção de classe social constitui um dos pilares da análise sociológica, sendo essencial para compreender a forma como os indivíduos se organizam e se distribuem dentro de uma sociedade. Este conceito refere-se à segmentação de grupos com base em fatores econômicos, como renda, posse de capital e acesso aos meios de produção, mas também incorpora aspectos culturais e simbólicos.
A principal distinção entre as classes sociais está associada à relação que os indivíduos mantêm com os meios de produção, considerando elementos como propriedade, trabalho e capital.
No entanto, essa diferenciação não se limita ao campo econômico. Perspectivas socioculturais também contribuem para a compreensão das classes, levando em conta os hábitos de consumo e as visões de mundo compartilhadas entre os grupos.
Classificação socioeconômica no Brasil
No contexto brasileiro, a categorização das classes sociais segue critérios predominantemente econômicos. De forma geral, a população é distribuída em três grandes grupos: classe alta, classe média e classe baixa. Essas categorias, por sua vez, são subdivididas em segmentos que permitem uma análise mais detalhada das desigualdades internas a cada estrato.
Um dos sistemas mais adotados no país é o da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), em conjunto com a Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep). Esse modelo utiliza faixas identificadas por letras — de A a E — para representar os diferentes níveis de renda e acesso a bens e serviços.
Com base em estimativas da Abep para o ano de 2024, a classificação das classes sociais brasileiras se estrutura da seguinte forma, a partir da renda familiar média mensal e do número de salários mínimos recebidos:
- Classe A: famílias com renda superior a 20 salários mínimos, o que equivale a uma média mensal de R$ 26.811,68. Esse grupo detém o maior poder de consumo e o mais amplo acesso a bens e serviços de alta qualidade.
- Classe B: composta por famílias com renda entre 5 e 9 salários mínimos. A subclasse B1 possui renda média de R$ 12.683,34; já a B2, R$ 7.017,64. Ambas mantêm um padrão de vida confortável.
- Classe C: abrange famílias com renda entre 1,5 e 3 salários mínimos. A média da subclasse C1 é de R$ 3.980,38, enquanto a C2 é de R$ 2.403,04. Representa uma ampla faixa da população, com acesso limitado, porém estável, a bens e serviços.
- Classe D: famílias com renda de até 1 salário mínimo. A renda média da classe, assim como da E, está estimada em R$ 1.087,77. O grupo enfrenta restrições significativas no orçamento doméstico.
- Classe E: composta por famílias que recebem menos de um salário mínimo mensal. Este segmento enfrenta as condições socioeconômicas mais adversas, caracterizadas por pobreza estrutural e alta dependência de políticas públicas de assistência.
A utilização desses critérios permite não apenas a segmentação da população para fins estatísticos, mas também o direcionamento de políticas públicas e estratégias de mercado.