O erro que quase levou a Netflix à falência
Em 2011, uma decisão polêmica quase custou a sobrevivência da Netflix
Atualmente referência global em entretenimento digital, a Netflix nem sempre viveu momentos de sucesso. Em 2011, a gigante do streaming enfrentou uma de suas maiores crises, que quase levou a empresa à falência total.
O problema foi a tentativa da Netflix de cobrar separadamente dois dos seus principais serviços, o que não agradou os assinantes.
Como Netflix se recuperou de quase falência
Na época, a Netflix ainda operava majoritariamente como um serviço de aluguel de DVDs pelo correio nos Estados Unidos, embora o streaming já começasse a ganhar força.
O problema surgiu quando a empresa decidiu dividir seus serviços: antes, por US$ 9,99, os assinantes tinham acesso tanto ao envio de DVDs quanto ao streaming online. Com a mudança, os dois serviços passaram a ser cobrados separadamente, por US$ 7,99 cada.
A alteração aumentou os custos para os clientes em até 60%, o que gerou revolta imediata. Em apenas três meses, cerca de 800 mil assinantes cancelaram seus planos. O impacto foi direto no valor de mercado da empresa: as ações da Netflix despencaram quase 80% entre julho e novembro daquele ano, e a reputação da marca foi abalada.
Na tentativa de contornar a crise, o CEO da empresa, Reed Hastings, fez um pedido público de desculpas e anunciou a criação de um serviço paralelo, o Qwikster, que seria dedicado exclusivamente ao aluguel de DVDs. A ideia, no entanto, foi mal recebida e rapidamente abandonada.
O episódio foi um divisor de águas na trajetória da Netflix. Após o erro, a empresa passou a focar quase exclusivamente no streaming e, mais adiante, investiu pesado em conteúdo original — estratégia que viria a transformá-la na potência global que é hoje.
Produções como House of Cards e Orange Is the New Black foram fundamentais para reconquistar o público e marcar a nova fase da empresa.