O que são as pirâmides metálicas vistas nas rodovias de São Paulo?

Nos últimos meses, motoristas que circulam pelas rodovias e avenidas de São Paulo, como a Marginal Tietê, têm se deparado com uma novidade curiosa: radares de trânsito cobertos por estruturas metálicas em formato de pirâmide.

O visual chamou a atenção, levantando boatos sobre novas formas de fiscalização, mas a explicação é bem diferente — e muito mais prática.

Mecanismo serve para proteção contra vandalismo e furtos

Essas estruturas, apelidadas de “pirâmide metálica” ou “chapéu chinês”, foram desenvolvidas para dificultar o acesso de pessoas não autorizadas aos componentes internos dos radares, como painéis solares, circuitos e baterias.

Ou seja, o dispositivo incomum serve para proteger os radares, que se tornaram alvos de criminosos que buscam furtar ou danificar os equipamentos. O que justifica o roubo desses radares são os seus preços elevados de mercado — eles custam entre R$ 100 mil a R$ 150 mil.

A função principal é proteger os equipamentos contra furtos, que têm gerado prejuízos significativos em diversas regiões da capital.

Fabricadas por empresas especializadas, como a Fotovoltec, essas proteções são feitas de metal resistente e possuem um sistema de travamento que só pode ser aberto por técnicos autorizados. Assim, os equipamentos continuam operando normalmente, enquanto permanecem seguros contra tentativas de roubo ou depredação.

A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) confirmou que o modelo chamado de “chapéu chinês” está em fase de testes em pontos estratégicos da Marginal Tietê, justamente onde há maior incidência de furtos.

Portanto, ao contrário do que muitos motoristas pensam, as pirâmides não significam uma intensificação na fiscalização. Os radares continuam registrando velocidade e infrações como sempre fizeram — agora apenas com uma proteção extra para que não fiquem fora de operação por causa de vandalismo.

Essas medidas visam proteção do patrimônio público e segurança no trânsito para todos em São Paulo.