Passou do prazo? Estes são os alimentos que continuam ‘bons’ depois da data de validade
Dan Cluderay, empresário conhecido por vender alimentos fora da validade a preços reduzidos, faz recomendações, mas especialistas dizem o contrário
A data de validade impressa nas embalagens dos alimentos é um dos principais mecanismos para proteger a saúde dos consumidores.
Ela não está ali por acaso: é resultado de análises técnicas que avaliam a segurança microbiológica, o valor nutricional e as características sensoriais do produto, como sabor, cheiro e textura. Seu objetivo é garantir que, até a data indicada, o alimento esteja próprio para o consumo.
No entanto, há quem questione a rigidez desse prazo. Algumas pessoas defendem que certos alimentos continuam aptos a serem consumidos mesmo depois de “vencidos”.
Passou do prazo? Estes são os alimentos que continuam ‘bons’ depois da data de validade
Entre os que levantam essa bandeira está Dan Cluderay, um empresário britânico que ficou conhecido por vender alimentos fora da validade a preços reduzidos.
Ele argumenta que muitos produtos são descartados desnecessariamente, mesmo quando ainda estão em boas condições. Para Cluderay, itens industrializados com baixo teor de umidade e alto teor de conservantes são os principais exemplos de alimentos que resistem ao tempo.
As batatas fritas, por exemplo, segundo ele, permanecem comestíveis graças à ação do sal e dos aditivos. Já o chocolate tende a manter sua integridade porque o açúcar atua como conservante natural.
O ketchup, quando armazenado corretamente e sem sinais de mofo, pode durar bem além do prazo, e iogurtes, desde que a tampa não esteja estufada, ainda são considerados seguros por algumas semanas.
Até o leite, se mantido refrigerado e sem cheiro azedo, poderia, segundo Cluderay, ser consumido após o vencimento.
Autoridades de saúde e especialistas não recomendam o consumo de alimentos fora da validade
Apesar desses argumentos, autoridades de saúde no Brasil não endossam essa prática. O Ministério da Saúde, a Anvisa e especialistas em nutrição reforçam que consumir alimentos vencidos pode representar sérios riscos.
Mesmo quando não há alteração visível, fungos e bactérias perigosas como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus aureus podem estar presentes, provocando intoxicações alimentares com sintomas que vão de náuseas e diarreia a complicações graves, especialmente em pessoas com baixa imunidade.
No Brasil, cabe ao fabricante definir o prazo de validade com base em testes rigorosos. Eles avaliam o comportamento do alimento em diferentes condições de armazenamento, simulando o tempo de prateleira. Esses dados são regulamentados por normas da Anvisa.
O consenso entre especialistas é claro: ainda que alguns alimentos possam, em teoria, resistir ao tempo, o melhor caminho é seguir a validade indicada e evitar riscos desnecessários.