Produto comum no Brasil pode virar sinônimo de luxo nos EUA

A partir de 1º de agosto, uma tarifa de 50% será imposta pelo governo americano sobre as importações brasileiras

14/08/2025 17:46

O açaí brasileiro, conhecido por suas propriedades nutritivas, enfrenta novos desafios no mercado dos Estados Unidos. A partir de 1º de agosto, uma tarifa de 50% será imposta pelo governo americano sobre as importações brasileiras, incluindo o açaí.

Esta medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, visa proteger a indústria americana. O aumento tarifário ameaça transformar o açaí em produto de luxo nos EUA, impactando consumidores e negócios relacionados.

Nos Estados Unidos, o açaí é muito popular em refeições saudáveis, sendo vendido em tigelas e smoothies. Atualmente, em cidades como Nova York, as tigelas de açaí são comercializadas por até US$ 18.

Com a nova taxa, os preços devem subir, limitando o acesso do público a este produto. Isso pode inviabilizar o consumo regular e afetar diretamente pequenos comércios que utilizam o açaí para atrair clientes em busca de opções nutritivas.

Impactos no mercado internacional

A produção de açaí no Brasil atingiu quase 2 milhões de toneladas no ano passado, consolidando o país como o principal exportador mundial. Os Estados Unidos são um dos maiores importadores do produto, crucial para o mercado brasileiro.

A tarifa pode causar uma retração nesse comércio. Produtores e exportadores têm reavaliado a viabilidade econômica das exportações nessas condições desfavoráveis e consideram explorar mercados alternativos na Europa e Ásia.

Com a implementação iminente da tarifa de 50%, exportadores brasileiros estão buscando estratégias para manter suas operações internacionais. O redirecionamento para outros mercados onde a demanda por açaí está crescendo é uma das alternativas sendo consideradas.

A política tarifária dos EUA afeta não apenas o açaí, mas também outros produtos brasileiros, como café e suco de laranja. O Brasil estuda medidas de compensação financeira para os exportadores impactados e considera possíveis ações comerciais em resposta.