O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que uma tarifa de 50% sobre produtos importados do Brasil entrará em vigor a partir de 1º de agosto de 2025. Tal medida foi divulgada durante uma coletiva de imprensa na Escócia, em parceria com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Esta decisão agrava ainda mais um cenário de tensões entre Brasil e EUA. Previamente, o Brasil enfrentava uma tarifa de 10%, que agora aumenta drasticamente. Trump justifica a mudança apontando um suposto déficit comercial e questões de política interna do Brasil.

Impactos na economia brasileira

A nova tarifa pode gerar impactos notáveis na economia do Brasil. Estudos indicam uma possível redução de 0,4 ponto percentual no Produto Interno Bruto (PIB), correspondente a uma perda de R$ 19,2 bilhões. O agronegócio, setor crucial da economia, deverá perder cerca de 40 mil empregos devido à redução das exportações.

Os custos adicionais aos produtos brasileiros nos EUA podem prejudicar sua competitividade. Isso cria uma pressão para que o governo brasileiro adote medidas paliativas para reduzir os impactos negativos do aumento tarifário.

Respostas do governo brasileiro

O governo brasileiro, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, descreveu a tarifa como uma “chantagem inaceitável”. Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, está à frente das negociações nos EUA para tentar reverter ou moderar a tarifa. Ele vem buscando, junto com senadores brasileiros, soluções diplomáticas para apaziguar a situação.

Em paralelo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o governo planeja medidas de contingência para as empresas afetadas mais gravemente. Embora detalhes específicos ainda não tenham sido divulgados, espera-se o anúncio de apoio aos setores mais impactados.