Ranking de Harvard revela as cidades mais desafiadoras para se viver no Brasil

Veja quais foram as 20 cidades brasileiras com os piores indicadores sociais em 2024, de acordo com medidor desenvolvido por professor de Harvard

14/08/2025 17:44

Em 2024, um relatório destacou as cidades brasileiras com os piores indicadores sociais, apontando para desigualdades estruturais persistentes.

Conduzido pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em colaboração com outras entidades, o estudo utilizou o Índice de Progresso Social (IPS), lançado pelo professor Michael Porter, de Harvard, para medir condições de vida sem se basear em critérios econômicos.

Uiramutã, em Roraima, obteve a pior colocação, com 37,63 pontos, destacando uma grave deficiência em infraestrutura e serviços essenciais. Este levantamento, focado em dados de 2024, chamou atenção especialmente para as disparidades na região Norte do Brasil, notadamente no Pará.

Concentração de desigualdades no Norte

O estudo revelou que metade das 20 cidades mais mal classificadas está situada no Norte do Brasil, uma região historicamente marcada por desigualdades. Municípios como Trairão, Bannach e Jacareacanga, todos no Pará, figuram nos piores lugares do ranking.

A falta de acesso a serviços básicos e de oportunidades econômicas sublinha a necessidade urgente de intervenções governamentais, visando melhorar a infraestrutura e implementar políticas públicas integradas. Complementam o ranking:

  • Alto Alegre (RR) – 38,38
  • Cumaru do Norte (PA) – 40,64
  • Pacajá (PA) – 40,70
  • Uruará (PA) – 41,26
  • Portel (PA) – 42,23
  • Bonfim (RR) – 42,27
  • Anapu (PA) – 42,30
  • Oiapoque (AP) – 42,46 Pauini (AM) – 42,63
  • Nova Nazaré (MT) – 42,78
  • São Félix de Balsas (MA) – 43,05
  • Feijó (AC) – 43,11
  • Amajari (RR) – 43,38
  • Pracuúba (AP) – 43,50
  • Gaúcha do Norte (MT) – 43,53
  • Santa Rosa do Purus (AC) – 43,78

(via: UOL)

Entendendo o Índice de Progresso Social

O IPS, uma ferramenta desenvolvida ao longo dos últimos 10 anos pela Social Progress Imperative, mede o bem-estar populacional com base em 57 indicadores sociais e ambientais.

As dimensões avaliadas incluem necessidades humanas básicas, que englobam nutrição e saúde, qualidade ambiental e oportunidades focadas em direitos pessoais e inclusão social.

Os resultados apontam para uma situação crítica especialmente na capacidade de oferecer oportunidades igualitárias, refletindo um retrato complexo do desenvolvimento social brasileiro.