Revelada a razão pela qual algumas pessoas estão deixando de usar a air fryer

A air fryer se tornou queridinha nas cozinhas por oferecer uma forma prática de preparar alimentos com menos gordura. Funcionando como um forno de convecção, ela aquece o ar a altas temperaturas e o distribui rapidamente por meio de uma hélice, deixando os alimentos crocantes, sem a necessidade de óleo.

Apesar dos benefícios, muitos têm ficado em alerta devido a uma substância formada dentro da air fryer que apresenta possíveis riscos à saúde.

Air fryer pode causar câncer?

A preocupação gira em torno da formação de uma substância chamada acrilamida, que pode surgir quando certos alimentos — principalmente ricos em amido — são preparados a temperaturas acima de 120 ºC.

Quando o alimento muda de cor, ficando dourado ou torrado, essa substância química pode estar presente. Ela também aparece em métodos tradicionais de cocção como forno, frigideira, chapa ou grelha. Pães tostados, batatas fritas e até mesmo o café torrado têm acrilamida.

Estudos em animais sugeriram uma possível ligação entre a exposição prolongada à acrilamida e um maior risco de câncer. No entanto, a ciência ainda não comprovou essa associação em humanos.

Segundo o nutricionista Thiago Bronze Dias, a reação que forma a acrilamida — chamada reação de Maillard — é conhecida e faz parte da gastronomia.

Ela é responsável pelo sabor e coloração dos alimentos quando expostos ao calor. Ele afirma que “não há motivos para parar de usar a air fryer”, e destaca que o excesso, e não o uso do aparelho em si, é o ponto de atenção.

Para reduzir a formação da substância, o ideal é não deixar os alimentos escurecerem demais, evitar temperaturas máximas e variar os métodos de cocção, incluindo vapor, assados e cozimentos mais suaves.

A air fryer continua sendo uma aliada na cozinha e uma alternativa para frituras mais saudáveis — desde que usada com equilíbrio.

Fonte: globo.com