Seu coração pode ter 10 anos a mais do que sua idade, revela estudo
Coração "mais velho" que o corpo é encontrado em pessoas com pressão alta e diabetes
Seu corpo pode ter 35 anos, mas seu coração pode estar funcionando como se tivesse 80. É isso que revela um estudo internacional envolvendo pesquisadores do Reino Unido, Singapura e Espanha.
Segundo o estudo, essa condição é relacionada à pessoas com condições como obesidade, diabetes e hipertensão arterial apresentam corações que envelhecem mais rápido do que sua idade cronológica.
Como coração pode ser mais “velho” que o corpo?
Segundo o líder da pesquisa, Dr. Pankaj Garg, da Escola Médica de Norwich, Universidade de East Anglia, essa descoberta pode transformar a forma como médicos diagnosticam e tratam doenças cardíacas. “Identificar precocemente o envelhecimento acelerado do coração permite intervenções que podem preservar a saúde cardiovascular por muito mais tempo”, afirma.
A equipe analisou exames de ressonância magnética cardíaca de 563 participantes em cinco centros globais, comparando 191 pessoas saudáveis com 366 que apresentavam fatores de risco. A principal alteração detectada foi no átrio esquerdo, responsável por receber sangue oxigenado dos pulmões. Normalmente, essa câmara cresce e perde eficiência com a idade, mas o processo acelera em pessoas com problemas cardíacos.
O estudo mostrou que pessoas saudáveis tinham idade cardíaca alinhada à sua idade real, enquanto aquelas com fatores de risco tinham corações funcionando quase cinco anos além da idade cronológica. Para quem tem obesidade leve, essa diferença foi de quatro anos; moderada, cinco anos; e em casos de obesidade grave, a diferença chegou a impressionantes 45 anos.
Além disso, diabéticos na faixa dos 40 anos apresentaram corações funcionando como os de alguém com mais de 50 anos a mais. A hipertensão e a fibrilação atrial também aceleraram o envelhecimento do coração em diferentes idades.
Essa nova forma de avaliar a saúde cardíaca pode servir como alerta para que pacientes adotem hábitos mais saudáveis e tratamentos adequados, prevenindo doenças graves. Conforme explica Garg, “conhecer a verdadeira idade do coração oferece uma oportunidade real de mudança e prevenção”.