Sono ruim eleva o risco de Alzheimer e demência precoce

Estudos indicam que a qualidade do sono pode influenciar a saúde do cérebro, retardando o avanço de doenças

14/08/2025 17:45

Dormir é uma atividade essencial e universal, porém seu impacto na saúde cerebral ainda é subestimado por muitos. No Brasil, onde problemas de sono são comuns, a relevância do descanso noturno na prevenção de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer, ganha destaque.

Estudos indicam que a qualidade do sono pode influenciar a saúde do cérebro, retardando o avanço de doenças como o Alzheimer. Segundo pesquisas publicadas na revista Nature Communications, o sono insuficiente está associado a um aumento significativo no risco de demência.

A investigação realizada por cientistas da Universidade da Califórnia, acompanhou adultos na meia-idade, destacando que aqueles com distúrbios de sono apresentam maiores chances de desenvolvimento de problemas cognitivos.

Descobriu-se que uma boa noite de sono está diretamente ligada à eliminação de resíduos cerebrais, incluindo a proteína beta-amiloide, através do sistema glinfático, especialmente durante as fases profundas do sono.

Relação entre sono e prevenção do Alzheimer

O sono desempenha um papel chave na proteção cerebral, contribuindo para a consolidação da memória e remoção de substâncias tóxicas. As interrupções na oxigenação cerebral, causadas por distúrbios como a apneia do sono, estão associadas à degeneração cognitiva e ao maior risco de doenças neurodegenerativas.

Estes dados foram corroborados por estudos revisados, que evidenciam que tratar distúrbios respiratórios do sono pode melhorar consideravelmente a saúde cerebral.

Transtornos do sono como fatores de risco

A apneia do sono, uma condição caracterizada por interrupções na respiração, afeta negativamente a saúde cerebral. Evidências científicas têm associado essa condição ao aumento do risco de Alzheimer, uma vez que episódios frequentes de apneia reduzem a eficiência do sistema glinfático em remover toxinas cerebrais.

Sintomas como roncos altos e sufocamento durante a noite são sinais de alerta que necessitam de avaliação médica imediata.

Recomenda-se manter uma rotina de sono consistente, evitar cafeína à noite e reduzir a exposição a luzes de dispositivos eletrônicos antes de dormir. Criar um ambiente propício ao descanso, ajustando temperatura e luminosidade, pode também exercer um impacto significativo.