Vai viajar em breve? Descubra o truque para comprar passagens mais baratas

Prática até então pouco conhecida pode ser porta de saída para quem quer comprar passagens mais baratas

14/08/2025 17:43

Imagine que você queira viajar para São Paulo, mas o voo direto está caro. Ao pesquisar, encontra uma passagem mais barata para Curitiba com escala justamente em São Paulo. Aí surge a ideia: por que não comprar esse bilhete e simplesmente descer na escala?

Essa prática, conhecida como skiplagging ou “cidade escondida”, virou um truque popular entre viajantes que querem economizar nas passagens. Ela consiste em, basicamento, o passageiro comprar uma passagem para um determinado destino que tenha como escala o destino final que ele deseja. Na escala, ele desembarca e ignora o restante do trajeto. Mas isso é realmente permitido?

Skiplagging tem vantagens, mas também riscos

Há sites como o Skiplagged que ajudam a localizar esses itinerários “escondidos” — o que é útil, já que os sistemas de precificação são complexos e muitas vezes definidos por agências de viagem, não pelas companhias aéreas.

Mas há riscos: quem opta por essa tática não pode despachar bagagens, já que elas vão até o destino final. Também não é recomendável acumular milhas na compra, pois a empresa pode penalizar o passageiro, inclusive banindo-o do programa de fidelidade.

Além disso, a prática não funciona em bilhetes de ida e volta, já que, ao não embarcar em um dos trechos, o restante da passagem é automaticamente cancelado. Companhias também podem exigir comprovante de saída do país — mesmo que o passageiro vá sair antes.

Apesar de não ser crime, o skiplagging não é regulamentado pela ANAC e já motivou ações judiciais no exterior, como pela Lufthansa. O argumento das companhias é que essa prática quebra o contrato de transporte.

Em resumo, o skiplagging é uma brecha do sistema que pode funcionar — mas exige planejamento, bagagem leve e, principalmente, estar disposto a lidar com possíveis contratempos no embarque ou no pós-viagem.