Vai viajar em breve? Descubra o truque para comprar passagens mais baratas
Prática até então pouco conhecida pode ser porta de saída para quem quer comprar passagens mais baratas
Imagine que você queira viajar para São Paulo, mas o voo direto está caro. Ao pesquisar, encontra uma passagem mais barata para Curitiba com escala justamente em São Paulo. Aí surge a ideia: por que não comprar esse bilhete e simplesmente descer na escala?
Essa prática, conhecida como skiplagging ou “cidade escondida”, virou um truque popular entre viajantes que querem economizar nas passagens. Ela consiste em, basicamento, o passageiro comprar uma passagem para um determinado destino que tenha como escala o destino final que ele deseja. Na escala, ele desembarca e ignora o restante do trajeto. Mas isso é realmente permitido?
Skiplagging tem vantagens, mas também riscos
Há sites como o Skiplagged que ajudam a localizar esses itinerários “escondidos” — o que é útil, já que os sistemas de precificação são complexos e muitas vezes definidos por agências de viagem, não pelas companhias aéreas.
Mas há riscos: quem opta por essa tática não pode despachar bagagens, já que elas vão até o destino final. Também não é recomendável acumular milhas na compra, pois a empresa pode penalizar o passageiro, inclusive banindo-o do programa de fidelidade.
Além disso, a prática não funciona em bilhetes de ida e volta, já que, ao não embarcar em um dos trechos, o restante da passagem é automaticamente cancelado. Companhias também podem exigir comprovante de saída do país — mesmo que o passageiro vá sair antes.
Apesar de não ser crime, o skiplagging não é regulamentado pela ANAC e já motivou ações judiciais no exterior, como pela Lufthansa. O argumento das companhias é que essa prática quebra o contrato de transporte.
Em resumo, o skiplagging é uma brecha do sistema que pode funcionar — mas exige planejamento, bagagem leve e, principalmente, estar disposto a lidar com possíveis contratempos no embarque ou no pós-viagem.