Veja os novos requisitos do INSS que podem atrasar sua aposentadoria
Enquanto propostas para extinguir a idade mínima ganham força, trabalhadores enfrentam desafios para se aposentar mesmo após décadas de contribuição
Desde a aprovação da Reforma da Previdência, em 2019, as regras para se aposentar passaram por uma reestruturação profunda — e muitos trabalhadores sentem os efeitos disso na prática.
Um dos principais fatores que atrasam a concessão da aposentadoria pelo INSS hoje é a exigência da idade mínima, mesmo para quem já contribuiu por décadas.
Como funciona regra de idade mínima do INSS?
Atualmente, para se aposentar por idade, é preciso ter 62 anos (mulheres) ou 65 anos (homens), além de um tempo mínimo de contribuição.
Essa exigência varia conforme o histórico do segurado: quem começou a contribuir antes da reforma pode se encaixar em uma das regras de transição; já quem entrou no sistema depois de 2019 não tem acesso às modalidades antigas.
Muitos brasileiros que começaram a trabalhar ainda na adolescência já cumpriram o tempo mínimo de contribuição — 30 anos para mulheres e 35 para homens — mas ainda não atingiram a idade mínima exigida.
Além disso, as regras de transição criadas pela reforma, como o pedágio de 50% ou 100% do tempo que faltava, também estendem o prazo para obter o benefício.
Diante disso, uma nova proposta tem ganhado força no Congresso Nacional: o fim da idade mínima obrigatória. A ideia é permitir que o segurado peça o benefício assim que completar o tempo de contribuição exigido.
A medida busca corrigir injustiças com quem começou cedo e hoje não pode se aposentar. Defensores da mudança dizem que a regra atual penaliza os mais pobres e os que exercem trabalhos mais pesados.
Por outro lado, isso poderia ampliar o número de aposentadorias precoces, agravando o rombo da Previdência.
Se aprovada, a proposta retomaria as aposentadorias por tempo de contribuição. Também há debates sobre sistemas híbridos, como faixas etárias progressivas ou sistema de pontos.