Você usa esses remédios? Eles podem estar ligados ao aumento do risco de demência

Pesquisa acompanhou cerca de três mil idosos por um período de nove anos

14/08/2025 17:49

Um estudo da Universidade da Califórnia, São Francisco, publicado no Journal of Alzheimer’s Disease, lançou luz sobre o potencial risco de demência associado ao uso de medicamentos para dormir. A pesquisa acompanhou cerca de três mil idosos por um período de nove anos.

Os resultados indicaram que o uso frequente de medicamentos como zolpidem, clonazepam e diazepam pode aumentar o risco de demência em até 79%.

Essas descobertas sublinham a necessidade de reconsiderar o uso desses medicamentos, especialmente entre pessoas brancas, que conforme o estudo, tendem a utilizá-los com mais frequência do que outros grupos étnicos.

Fatores socioeconômicos foram identificados como determinantes no acesso e uso de medicamentos para dormir. Indivíduos de maior nível socioeconômico têm mais acesso a esses medicamentos, o que pode influenciar tanto sua reserva cognitiva quanto o risco de demência.

Associação entre medicamentos para dormir e demência

O estudo destacou especialmente os benzodiazepínicos e as chamadas “drogas Z” pelo seu potencial risco associado à demência. Estes medicamentos, conhecidos por suas propriedades sedativas, são amplamente prescritos para tratar insônia e ansiedade.

A pesquisa revelou que pessoas brancas tinham uma probabilidade significativamente maior de usar esses medicamentos regularmente, o que contribui para o aumento do risco.

A trazodona, embora seja um antidepressivo, também figura na lista de medicamentos utilizados como soníferos, sendo analisada por seu possível impacto no aumento do risco de demência. A análise focou principalmente em como a frequência e o tipo de medicamento influenciam o risco de desenvolver a doença neurodegenerativa.

Alternativas não farmacológicas para insônia

Dada a ligação observada entre esses medicamentos e o risco de demência, especialistas sugerem alternativas terapêuticas, como a terapia cognitivo-comportamental para insônia (TCC-i). Este tratamento é considerado eficaz e não envolve os riscos dos sedativos.

Outra alternativa, a melatonina, está sob investigação para avaliar seus efeitos a longo prazo na saúde mental.