Whatsapp sofreu banimento surpreendente
Câmara dos EUA proíbe uso do WhatsApp em dispositivos oficiais por questões de segurança
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos anunciou, nesta semana, a proibição do uso do WhatsApp em todos os dispositivos oficiais ligados à instituição. A medida reforça a crescente preocupação com segurança cibernética, especialmente no que diz respeito à privacidade de dados e à vulnerabilidade de sistemas governamentais.
De acordo com as autoridades da Câmara, o aplicativo controlado pela Meta apresenta riscos elevados devido à falta de transparência sobre o tratamento interno dos dados, à ausência de criptografia nos dados armazenados e ao histórico de falhas exploradas por cibercriminosos e softwares espiões.
Nos últimos anos, o WhatsApp tem sido alvo de críticas por sua exposição a brechas de segurança. Um exemplo foi o escândalo envolvendo a empresa israelense Paragon Solutions, acusada de utilizar falhas no aplicativo para espionar jornalistas e ativistas.
Meta discorda da Câmara dos Deputados
Em resposta à proibição, a Meta se manifestou oficialmente, afirmando que discorda “nos termos mais fortes possíveis”. A empresa alegou que o WhatsApp oferece segurança robusta, citando a criptografia de ponta a ponta, a verificação em duas etapas e recursos de proteção contra ataques de phishing.
Ainda assim, para a Câmara dos EUA, os mecanismos de segurança fornecidos não são suficientes para o padrão exigido em ambientes governamentais sensíveis.
Aplicativos alternativos sugeridos
Diante do banimento, os parlamentares e servidores da instituição foram orientados a utilizar alternativas consideradas mais seguras e alinhadas ao contexto institucional. Entre os aplicativos recomendados estão:
- Microsoft Teams
- Wickr
- Signal
- iMessage
- FaceTime
Essas plataformas são reconhecidas por adotarem protocolos de segurança mais rígidos, especialmente voltados ao uso corporativo e governamental.
Proibição limitada aos dispositivos oficiais
A medida não se estende a toda a população. O WhatsApp continua liberado para uso pessoal nos Estados Unidos. A restrição é válida apenas para aparelhos institucionais utilizados por membros e funcionários da Câmara.
A decisão também não é inédita: em 2022, o TikTok já havia sido banido dos dispositivos da Câmara, devido a preocupações semelhantes com a proteção de dados e possíveis conexões com governos estrangeiros.
Esse movimento se insere em uma tendência global de órgãos públicos buscarem plataformas com foco em segurança de dados e controle da informação. Aplicativos populares entre os usuários comuns, mas com arquitetura mais vulnerável, estão sendo gradualmente substituídos por soluções desenvolvidas especialmente para ambientes institucionais.
A decisão da Câmara dos EUA abre um novo precedente e lança um alerta para empresas de tecnologia: a segurança digital está se tornando prioridade absoluta — principalmente quando se trata da comunicação em esferas de governo.