3 passeios bate-volta imperdíveis a partir de Belo Horizonte

Nem só de Ouro Preto e Inhotim vivem os entornos da capital mineira. Escolhemos outros destinos bacanas mais fáceis de chegar que o Aeroporto de Confins.

Em parceria com Viajala Brasil
20/10/2017 09:51 / Atualizado em 21/10/2017 09:56

É bem difícil não se apaixonar completamente pelas cidades históricas, pela comida e pelas cervejas de Minas Gerais – a gente até já fez um post com os melhores bares de cerveja artesanal mineira barata aqui no blog do Viajala.

Além de Belo Horizonte ser um destino muito legal por si só, a cidade ainda permite vários bate-volta incríveis que vão muito além dos já conhecidos Ouro Preto e Inhotim. Acredite na gente, o entorno de BH merece ser melhor explorado.

Elegemos aqui três destinos imperdíveis, cheios de história e boa gastronomia, a partir de 20 km do centro da capital – dois deles são tão pertinho que dá até pra ir usando app de transporte como Uber, 99 ou Cabify gastando menos de R$ 50 (sim, é mais barato do que ir para o Aeroporto de Confins!).

Sabará

Por dentro, a pequena Capela Nossa Senhora do Ó é totalmente ornada com painéis de inspiração oriental
Por dentro, a pequena Capela Nossa Senhora do Ó é totalmente ornada com painéis de inspiração oriental

Essa cidade histórica de 130 mil habitantes foi fundada em 1675 e fica a pouco mais de 20 quilômetros de BH. Ela é ideal para um bate-volta de um dia, já que é facilmente acessada via ônibus ou apps de transporte (o preço médio da corrida é R$40,00). Sabará tem casarões coloniais preservados e algumas das igrejas mais incríveis e antigas de Minas Gerais, que datam do início do século XVIII. São desde ruínas, como a Igreja Nossa Senhora do Rosário, construção que começou em 1713 pelos escravos e nunca foi acabada, a exemplares importantes do barroco e do rococó no Brasil, como a Nossa Senhora do Carmo, com obras de Aleijadinho, e a Matriz Nossa Senhora da Conceição, que engana pela fachada austera: ela é surpreendentemente detalhada por dentro, rica em figuras orientais nos arcos e nas portas. Essa influência é uma peculiaridade de Sabará e sua origem, acredita-se, vem de Macau, que era colônia portuguesa na época dessas construções. A decoração chinesa aparece também na Nossa Senhora do Ó, uma capela minúscula revestida de painéis de madeira e completamente ornada com pinturas dessa temática, como as torres Pagode. Sabará ficará mais movimentada em novembro, mês em que acontece a edição 2017 do Festival da Jabuticaba – se estiver por lá, prepare-se para ver tudo quanto é tipo de produto preparado com a fruta.

De Olhos D’Água a Nova Lima

Templo Cervejeiro da Backer fica no bairro Olhos D’Água
Templo Cervejeiro da Backer fica no bairro Olhos D’Água

Viajar os 20 quilômetros que separam o bairro Olhos D’Água, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, e o município de Nova Lima, na região metropolitana, é percorrer um paraíso cervejeiro – coisa que também dá para ser feita com app de transporte. No Olhos D´Água, estão dois dos melhores redutos de cervejas de Minas: o Templo Cervejeiro da Backer, com cardápio vasto e bem elaborado, e o recém inaugurado Ateliê da Wäls, com porções e chopes exclusivos da marca. Já em Nova Lima, estão as fábricas de cervejarias como a Küd, aberta em 2008, e a Krug bier, de 1997, a primeira microcervejaria artesanal de Minas, fabricante da cerveja Áustria. Ambas promovem visitas às fábricas mediante agendamento. Outra opção é conhecer a Koala San Brew, que possui receitas diferentonas, como as IPA coffee e chilli. A fábrica tem um bar que abre às sextas na “hoppy hour” temática, com comidinhas harmonizadas, cervejarias convidadas e entrada gratuita – é só chegar. Quem ainda quiser complementar seu bate-volta cervejeiro com uma cidade histórica pode rumar para São Sebastião das Águas Claras, distrito de Nova Lima popularmente conhecido como “Macacos”, que atrai visitantes pelas construções do começo do século XVIII, como a Igreja de São Sebastião, e pela rua principal cheia de bares e restaurantes. Apesar de micro – a cidade tem cerca de 600 habitantes -, os barzinhos são movimentados e rola até festival de cerveja artesanal por lá.

Congonhas do Campo

Os profetas de Aleijadinho são considerados Patrimônio Mundial da UNESCO
Os profetas de Aleijadinho são considerados Patrimônio Mundial da UNESCO

A 80 quilômetros de BH, Congonhas é um bom bate-volta para ser feito de carro (próprio ou alugado) ou de ônibus, partindo da rodoviária. A cidade tem, basicamente, um ponto de interesse que pode ser explorado em poucas horas: o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, onde estão os Doze Profetas de Aleijadinho, obras de pedra-sabão mais famosas do escultor brasileiro que transformaram o local em Patrimônio Mundial da UNESCO. Além dessas imagens, a Via Sacra também é representada com esculturas de cedro em seis pequenas capelas, que levam à basílica. A cidade costuma ser bem tranquila, mas ferve na segunda semana de setembro com a chegada dos romeiros para o Jubileu do Senhor Bom Jesus de Matosinhos. Os entornos da basílica ganham barraquinhas de comida, lembrancinhas, artesanato, shows e celebrações.