4 lições valiosas que aprendi viajando sozinha
Viajar só ainda é pouco comum, cheio de tabus e desafios
É verdade que a maioria das pessoas vai pensar que você é solitária. Algumas vão sentir dó, te chamar de corajosa e outras de louca por estar viajando sozinha. Enfim, é fato que vão tentar, de todas as formas, colocar sua atitude dentro de uma caixinha para conseguir compreender o que faz uma pessoa decidir embarcar só.
A verdade é que cada uma tem seus próprios motivos. Algumas estão cansadas de chamar as(os) amigos(os) e receber um não como resposta, outras precisam se encontrar. Há ainda quem entenda que viajar sozinha também é um ato político, principalmente se você é mulher. Afinal, o ato de viajar só ainda é pouco comum, cheio de tabus e desafios.
Além disso, há pessoas que acreditam que viajando sozinha podemos descobrir coisas incríveis sobre nós mesmas e sobre o mundo. Coisas que estando acompanhada passariam despercebidas e não seriam compreendidas com tanta profundidade.
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Eu sou uma dessas pessoas. Digo isso, pois viajo sozinha há quase cinco anos e durante este tempo aprendi muito. Neste artigo, compartilho um pouco do meu aprendizado e espero que a experiência possa lhe inspirar a seguir só também. Confira!
1- Não estou só, estou comigo
Antes de começar a viajar, eu não tinha ânimo para fazer qualquer coisa sozinha. Ir ao cinema só? Não tem graça. Tomar uma cerveja sozinha? Que coisa triste. Parecia que eu não suportava minha própria companhia e que qualquer experiência só era válida se tivesse alguém ao meu lado.
No entanto, viajando sozinha percebi que sou uma companhia maravilhosa. Aprendi que posso me divertir sem ter alguém ao meu lado. Além disso, entendi que estar acompanhadas não quer dizer que não estejamos sozinhas.
Já me senti só ao redor de muitas pessoas. Também já me senti completa estando em lugar que não conhecia ninguém. Tudo depende de como você está internamente. Após anos seguido por este mundo, conclui que jamais estarei sozinha, acompanhada ou não, porque estou comigo.
2- Há mais pessoas boas do que más no mundo
É um velho clichê entre os viajantes, mas também é um fato. As notícias que você lê, vê ou escuta não condizem com a realidade do cotidiano. São generalizações que fomentam o pânico, o medo e que trancam as pessoas em suas próprias casas.
Na estrada, você percebe que a maioria das pessoas são boas. A grande maioria só busca viver suas vidas com honestidade e sendo o melhor que podem ser, mesmo diante de diversas limitações.
3- Existem muitas formas de levar a vida
Nem todo mundo acha que para ser feliz é necessário adquirir bens materiais, alguns só querem viver suas vidas de forma simples. Outros acreditam que na vida é importante ter um bom carro, uma boa casa. Enfim, há muitas formas de entender o que é importante na vida.
Nenhuma é errada e deve ser alvo de julgamento. Já estive em casas de pessoas muito humildes que estavam felizes. Também já conheci pessoas com bons recursos financeiros e que lutavam para ter cada vez mais.
Quem está certo? Quem está errado? Não sei. Quem sou eu para julgar. Entendi que cada um decide o que é melhor para si. Afinal, o que importa realmente é estar confortável e satisfeito com a vida que se leva.
4-Nada acontece por acaso
É engraçado como, durante uma viagem, você percebe que nada acontece por acaso. A pessoa que entra na sua vida e lhe ensina coisas que você precisava. As situações que te colocam sempre em movimento e te fazem sair da sua zona de conforto. Nada é ao acaso.
Parece que tudo acontece por um motivo. Lembro de conhecer um casal que vivia um amor livre e perceber que eu não precisava me limitar em relacionamento, algo que eu realmente necessitava aprender. Lembro de acabar indo, por acaso, para Recife e descobrir mais sobre minha família e sobre mim mesma.
Ou seja, ao contrário do que muitos pensam, viajar não é só conhecer pontos turísticos e tirar foto para postar nas redes sociais. É um caminho que pode lhe proporcionar grandes ensinamentos.
Por fim, viajando sozinha aprendi muito, mas isso só foi possível, pois me permiti. Sendo assim, minha dica para quem procura uma experiência mais profunda é: se permita viajar sem preconceitos, sinta e vá.
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