5 curiosidades de Okinawa que você provavelmente nunca ouviu falar
O arquipélago de Okinawa é formado por cerca de 170 ilhas e fica mais perto de Taiwan do que de Tóquio
Morei um mês e meio no Japão, sendo mais da metade em Okinawa! A região é muito diferente do resto do país, sendo considerado uma província à parte, com muitas influências chinesas, praias, ilhas, sol, gente feliz e bronzeada!
Aqui nasceu o karatê e o kobá, além de oferecer muita natureza, cachoeira e resorts perfeitos para descansar.
Okinawa é sinônimo de tranquilidade e paz. Confira abaixo cinco curiosidades de Okinawa você provavelmente nunca ouviu falar.
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1 – Jaspion
Quem cresceu no fim dos anos 1980 e início dos anos 1990 no Brasil com certeza já ouviu falar no herói japonês Jaspion.
Em sua busca na Terra pelas crianças que haviam sido iluminadas pelo pássaro dourado para destruir o terrível vilão Satan-goss, Jaspion viveu grandes aventuras lutando contra monstros gigantes ao lado de parceiros como a androide Anri, o mago Odin e o porco-espinho (ou algo do gênero) Miya.
O que poucos sabem é que o Jaspion, ou melhor, o ator que o interpretou, Hikaru Kurosaki, vive atualmente em Okinawa, onde se aposentou das telas e trocou a espada laser pelos tanques de oxigênio como instrutor de mergulho. Ele tem sua própria agência, a Mother Earth Dive Center (pelo nome, continua cuidando do nosso planeta!) e costuma guiar turistas pelos mares da ilha –que tal fazer um mergulho com seu herói de infância favorito?
2 – Karatê e sr. Miyagi
Outra contribuição especial de Okinawa para quem cresceu entre os anos 1980 e 1990: quem não se lembra do sr. Miyagi, personagem do ator nipo-americano Pat Morita, em Karate Kid?
Pois é, embora o ator tenha nascido na Califórnia, o ranzinza e rígido mestre do jovem Daniel-san era okinawense. E não à toa: a ilha é o berço do karatê no mundo!
Na ilha principal de Okinawa, existe até um centro cultural inteiramente dedicado à modalidade esportiva (que estreia na Olimpíada de Tóquio). No museu, o visitante pode conhecer toda a história e tradição do caratê e, para quem se entusiasmar, é possível praticar a modalidade com um instrutor local e ter a experiência de virar um “karatê kid” por algumas horas!
3 – Guerra e paz
A cena é clássica: os vilões do Eixo, entre os quais o Japão, perdendo a Segunda Guerra Mundial para os Aliados (americanos, em geral) após muito destruírem e causarem sofrimentos.
Poucos, no entanto, sabem que Okinawa foi o único local do Japão onde de fato foi travada uma batalha terrestre no país –o que causou a morte de milhares de okinawenses. Hoje, é possível visitar diversos atrativos relacionados às batalhas, como um túnel em que os militares nipônicos planejavam contra-ataques e o belo e emocionante Peace Memorial, um parque com um museu que conta sobre os tristes anos de sofrimento dos locais, bem como homenageia todos os mortos na guerra –de todos os lados e nacionalidades.
Ah, e depois da guerra, os EUA ainda ocuparam Okinawa por quase três décadas (para entrar em Okinawa era preciso de passaporte mesmo vindo de outras partes do Japão). Ainda hoje se observam bases militares e milhares de norte-americanos pela ilha.
Se quiser saber mais, assista ao filme “Até o Último Homem”, com Mel Gibson, que foi gravado em um parque em Urasoe, ao norte da capital, Naha!
4 – Sobá: quando Okinawa encontra Campo Grande
Não tem como escapar: o turista que vem pra Okinawa acaba em algum momento se deparando com um macarrão diferentão do nosso espaguete, com caldo fino e escuro, carne de porco e vários tipos de verdura e legume juntos.
Trata-se do sobá, prato típico local que depois ganhou o mundo. Na ilha, é possível até mesmo fazer uma oficina rápida, de 2h, para aprender a sovar a massa e cozinhar seu próprio prato (mas os segredos do caldo eles não contam…).
Muitos não sabem, mas o sobá também é prato típico de outra localidade, bem distante do Japão: a capital sul-mato-grossense, Campo Grande, que inclusive tem um monumento com um sobá gigante em homenagem ao prato trazido pelos imigrantes okinawenses –hoje a segunda maior colônia dessa província japonesa no Brasil.
5 – A Fernando de Noronha japonesa
Feche os olhos e pense no Japão por 30 segundos.
O que veio à sua mente? Aposto que templos, jardins com bonsais, o Monte Fuji, mulheres de quimono, sushis… Não é mesmo?
Pois, da próxima vez, saiba que você também pode agregar a essas imagens praias paradisíacas e ensolaradas, com cores azul-caribe ou verde-esmeralda, areia fininha, uma imensidade de corais e peixes de todas as cores. Assim é Okinawa, um arquipélago que fica mais perto de Taiwan do que de Tóquio, composto de cerca de 170 ilhas paradisíacas – aonde quer que vá, encontrará um mar digno de Noronha!
Nesse Caribe ou Havaí japonês, é possível fazer snorkel e mergulhos para todos os níveis – quase ninguém sabe, mas a variedade de corais em Okinawa é similar à da Grande Barreira de Corais, na Austrália!
E aí, se interessou por conhecer esse cantinho mais do que especial do Japão? Manda seus comentários aqui
Por Priscila Kamoi, do blog Jornada Kamoi