Os filmes americanos frequentemente exploram o cotidiano de estudantes colegiais, ressaltando pontos que deixam muitos adolescentes brasileiros curiosos e pais preocupados. O programa high school, ou de ensino médio, certamente é diferenciado e mais divertidos do que o padrão tradicional da educação no Brasil, mas em nenhum momento isso significa folga para os estudos.

“A rotina inclui atividades extras, que incluem canoagem, escalada, gastronomia, música, teatro, sem falar nos passeios programados ao longo do curso. Mas as instituições são de referência internacional e exigem dos alunos dedicação para serem aprovados nas disciplinas”, explica Daniela Decimoni, gerente da Seda Intercâmbios.

Para participar, é preciso ter entre 14 e 18 anos, estar cursando o ensino médio no Brasil e ter domínio intermediário do idioma do país escolhido. Os estudantes não perdem o ano ou semestre cursado, eles só precisam seguir disciplinas obrigatórias –geralmente são cinco matérias– que o MEC (Ministério da Educação) exige e manter a média escolar da instituição em que fizer a matrícula.

As ofertas incluem destinos como Alemanha, Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Áustria. Se você ainda está com dúvidas, veja como funciona os cursos e como é possível se beneficiar de uma temporada no exterior ainda na adolescência.

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Ganhar fluência no idioma

Por mais que os estudantes tenham bom domínio do idioma, a fluência só acontece com a oportunidade de colocar o que se aprende em prática. No high school, todas as aulas são no idioma oficial do país e a comunicação com os colegas também acontecerá por meio dele.

Descobrir novas habilidades

As escolas que oferecem espaço para estudantes internacionais cursarem parte do Ensino Médio possuem um currículo bastante variado. Na Austrália, por exemplo, as opções vão de áreas como TI (Tecnologia da Informação) até carpintaria, mecânica, gastronomia e nutrição. Além disso, as instituições de ensino são públicas e oferecem inúmeras atividades esportivas, algumas escolas chegam a oferecer 40 esportes na grade curricular. Para quem gosta de arte, as oportunidades são para desenvolver habilidades com música, teatro, dança, mídia e até artes plásticas.

Explorar diferentes culturas e paisagens

Muitos dos países integrantes do high school são naturalmente multiculturais, o que permitirá aos alunos interagir com moradores locais com diferentes hábitos e contribuirá para que se sintam mais confortáveis. O curso também oferecerá oportunidade de conhecer colegas de outras nacionalidades.

Mais do que os hábitos culturais, os intercambistas ainda poderão explorar detalhes econômicos, sociais e turísticos do país escolhido para a experiência. São organizados passeios nos arredores da cidade e até para destinos mais distantes.

Fazer novos amigos e contatos internacionais

Networking é a palavra-chave da atualidade e nada melhor do que começar a montar uma rede de contatos internacionais na adolescência. Os benefícios, porém, vão além de interesses pessoais, é a oportunidade de aprender a conviver com o próximo e suas diferenças, a ampliar a visão de mundo, a criar responsabilidades e respeito. As relações de amizades estabelecidas durante o intercâmbio costumam ser duradouras mesmo com a distância, pois os estudantes compartilham medos e sonhos.

Planejar o futuro

Por oferecer disciplinas diferentes das que os estudantes costumam cursar no Brasil, as instituições do high school muitas vezes ajudam a direcionar os intercambistas para uma profissão. “A interação com pessoas de outras nacionalidades, de culturas diferentes também contribui para que os estudantes tenham uma visão mais ampliada do mundo, ajudando-os a traçar metas e a encontrar um caminho para realizarem seus objetivos”, avalia Daniela.