7 dicas para quem pretender conhecer o Salar de Uyuni

18/06/2015 14:53 / Atualizado em 06/05/2020 22:07

Visitamos o Salar de Uyunina Bolívia, em abril de 2013 com um passeio de jipe que saiu de San Pedro do Atacama e durou três dias. Passamos por montanhas nevadas, geiseres, vulcões, vimos centenas de flamingos, montanhas coloridas e até um lago cor de rosa. A aventura foi inesquecível e valeu cada centavo, mas se você está planejando fazer esse mesmo passeio, é bom ir preparado e saber que vai enfrentar determinadas situações que podem incomodar.

1 – Mal de altitude

A região está a mais de 3.600 metros acima do nível médio do mar, por isso é comum sentir tonturas, mal estar e até mesmo enjoos durante o percurso, principalmente no primeiro dia. Mas não se desespere, é sempre bom pedir ajuda para o guia e não fazer esforços excessivos.

2 – Banho é luxo

Outro ponto que incomoda é que no alojamento do primeiro dia não há chuveiros, portanto, você vai ficar um dia sem tomar banho. Confesso que a situação não é das mais agradáveis, mas a dica é se preparar psicologicamente e encarar (até porque, um dia sem banho não mata ninguém né?!). No segundo dia, já no albergue de sal, a vantagem é que existe chuveiro, mas são só dois e nada garante que a água será quente.

 
 

Como o lugar é abastecido por um gerador que só fica ligado das 18h às 22h, assim que chegamos, todas as meninas começaram a tomar banho primeiro, mas a água ainda não estava esquentando (Quando quase todas terminaram e os meninos começaram, adivinha? A água esquentou). Mas ok, foi um dos melhores banhos gelados da vida.

3 – Frio

Apesar de ser no meio do Deserto do Atacama, a temperatura não é tão alta e à noite sempre esfria muito, muito mesmo, o que pode ser um incômodo na hora de dormir. A dica é usar a famosa estratégia da cebola e se vestir em camadas para poder tirar conforme sentir calor. Outra tática que usamos foi dormir juntos na cama de solteiro, assim ficamos abraçadinhos e não sentimos nem um pouquinho de frio. Ah como é bom viajar de casal.

4 – Quartos e banheiros compartilhados

Pra quem está acostumado a ficar em albergue, isso não é problema nenhum, mas vale avisar pra quem não está tão familiarizado. As duas hospedagens têm quartos e banheiros compartilhados, mas tudo funciona muito bem, já que todos os hóspedes são seus companheiros de passeio e o ritmo acaba sendo o mesmo (todo mundo janta, conversa um pouco e dorme logo pra acordar cedo no dia seguinte).

5 – Comida simples

O café da manhã e o jantar são preparados no próprio alojamento e são básicos, mas bem gostosos e suficientes, normalmente uma macarronada ou uma sopa à noite e pão, bolo, café e leite de manhã.

 
 

Já o almoço é feito pelo próprio guia entre uma parada e outra do jipe. Eles levam todo o equipamento: panela de arroz, utensílios como talheres, copos e pratos, refrigerantes e latas de milho e atum. A comida era basicamente salada de tomate, pepino, milho, abacate (que eles adoram), queijo branco, legumes em conserva, arroz, atum enlatado e Coca Cola. Tudo bem simples, mas muito gostoso e, pra falar a verdade, era um verdadeiro banquete diante da fome que sentíamos. hahaha O fato é que não dá pra ser muito fresco nem restrito para fazer um passeio desses…

Outra dica bacana é levar uns lanchinhos para comer durante o dia, porque não tem nada no meio do caminho e com certeza você vai sentir fome entre uma refeição e outra. Frutas, barras de cereal, chocolate ou bolachas são boas opções.

6 – Sujos e salgados

O passeio de jipe termina na cidade de Uyuni, que pra ser sincera não tem muito o que fazer. Nós (e a maioria dos mochileiros que estava com a gente) não reservamos hotel e nem pretendíamos passar a noite lá, por isso não tínhamos onde tomar banho, mas estávamos imundos e salgados. Passamos grande parte do dia no Salar de Uyuni, tirando fotos, brincando e literalmente nos esponjando naquele chão de sal.

A saída que encontramos, e uma boa dica pra quem pretende fazer esse passeio, foi pedir pra tomar banho em um albergue que encontramos na avenida principal da cidade, e pagar por isso, é claro –mas foram os 10 bolivianos mais bem gastos da viagem! A estratégia foi tão boa, principalmente porque seguimos viagem para La Paz e passamos a madruga toda dentro do ônibus. Se estivéssemos sujos e cheios de sal, a viagem seria muito mais desconfortável e cansativa.

7 – Como ir de Uyuni para La Paz

Antes de encontrar o albergue para tomar banho, passamos em uma agência de viagem, também na avenida principal, e compramos a passagem pra La Paz no chamado ônibus turístico (230 bs = R$ 88,87), mas a única diferença é que eles servem um jantar e um café da manhã. Como a viagem é bem longa (10 horas), cogitamos ir de avião, mas o preço não compensava. O conforto desse busão não é lá essas coisas, mas a vantagem é que ele não para de rodoviária em rodoviária para pegar novos passageiros.

De qualquer forma, vale avisar que esse trajeto é bem roots, eu diria até que foi o mais “aventureiro” de todo nosso mochilão, pois o caminho é constituído por muitas estradas de terra e, acreditem, o ônibus passa até por dentro de rios.

Por Ligia Antoniazzi, do blog Vamos Fugir

Texto originalmente publicado no Blog Vamos Fugir. Também estamos nas redes sociais! Aqui você encontra nossa página no Facebook, nosso canal no Youtube, Instagram e Twitter: @vamosfugirblog.