9 atrações imperdíveis para conhecer em Inhotim
Localizada no Vale do Paraopeba, a cidade mineira de Brumadinho, a 60 km da capital Belo Horizonte, abriga um dos mais importantes museus do Brasil –o Instituto Inhotim.
Idealizado pelo empresário Bernardo de Mello Paz em meados dos anos de 1980 e aberto ao público em 2006, Inhotim possui um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes.
Diferentemente de outros museus brasileiros, aqui, boa parte das obras são interativas, o que torna a experiência ainda mais singular. Ao todo são cerca de 1.200 obras de 85 artistas de diversas partes do mundo espalhadas num espaço de quase 800 hectares.
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Obras de importantes artistas, como Hélio Oiticica, Rivane Neuenschwander e Cildo Meireles estão expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes.
Os jardins do Inhotim também são verdadeiras obras de arte. A beleza rara aliada ao paisagismo, explora todas as possibilidades estéticas da coleção botânica –são quase 5.000 espécies, representando mais de 28% das famílias botânicas conhecidas no planeta.
Bate-volta
Por ficar a cerca de 1 hora de carro de Belo Horizonte, Inhotim é ideal para fazer um bate-volta. Principalmente para quem dispõe de pouco tempo na capital mineira.
Mas devido à sua grandiosidade, é quase impossível conhecer todo o acervo e as belezas de Inhotim em um único dia.
Confira abaixo dez atrações que merecem ser vistas em Inhotim:
1 – Galeria Cildo Meireles (Brasil)
O trabalho pioneiro do carioca Cildo Meireles no campo da arte da instalação prima pela diversidade de técnicas e materiais, apontando quase sempre para questões política e social.
2 – Galeria Adriana Varejão (Brasil)
Nos trabalhos da artista carioca Adriana Varejão expostos em Inhotim é possível acompanhar a diversidade de sua obra e a variedade de fontes de sua pesquisa, em especial a violência e a arquitetura.
3 – John Ahearn e Rigoberto Torres (EUA e Porto Rico)
O mural Rodoviária de Brumadinho, obra do norte-americano John Ahearn e o porto-riquenho Rigoberto Torres, representa a estação rodoviária de Brumadinho e as pessoas que passam por ela, um lugar que é não apenas um terminal de transporte mas também centro de vida social, pois nele se apresentam grupos de danças populares. Todos os personagens retratados na obra são moradores da cidade.
4 – Matthew Barney (EUA)
A instalação “De lama lâmina” (2009) é o último desdobramento de um projeto que teve origem numa performance realizada por Matthew Barney em parceria com o músico Arto Lindsay, durante o Carnaval de Salvador, em 2004
5 – Janet Cardiff (Canadá)
A artista Janet Cardiff gravou cada integrante do coral da Catedral de Salisbury, na Inglaterra, durante a execução do soneto “Spem in Alium nunquam habui”, composto por Thomas Tallis em homenagem a rainha Elizabeth I. Na obra, a artista usa um alto-falante para cada voz, o que permite ao espectador ouvir as diferentes vozes e perceber as diferentes combinações e harmonias à medida que percorre a instalação
6 – Olafur Eliasson (Dinamarca)
A obra de Olafur Eliasson baseia-se nos princípios de funcionamento do caleidoscópio, gerando um efeito obtido pelo reflexo da luz em seis espelhos que formam um tubo hexagonal.
7 – Doug Aitken (Estados Unidos)
Doug Aitken encontrou em Inhotim não apenas as condições técnicas para o desenvolvimento da obra, mas também um contexto onde o trabalho fizesse sentido. Na obra “Sonic Pavilion” (conhecida cariosamente como o Som da Terra), o artista norte-americano cavou um buraco na terra de 200 metros no alto de uma montanha e instalou oito microfones ao longo do trajeto, que captam o som emitido no interior da terra e reverbera numa construção de vidro em volta do buraco.
8 – Galeria True Rouge (Tunga, Brasil)
“True Rouge” já pertencia à coleção de Bernardo Paz, que comprou a instalação de Tunga em 1994, dois anos depois de sua criação. Os objetos que pendem do teto, unidos por estruturas interdependentes, aludem a um grande teatro de marionetes: uma escultura de manipulação, que, se valendo da gravidade, não chega, contanto, a tocar o chão.
9 – Luiz Zerbini (Brasil)
A exposição “Amor Lugar Comum”reúne nove trabalhos de Luiz Zerbini produzidos na última década. As telas convidam o espectador a refletir sobre uma realidade sincopada. Os elementos como cor, profundidade, luz, sombra e perspectiva criam um jogo com o olhar.
INSTITUTO INHOTIM
Onde: Rua B, 20, Brumadinho (MG)
Horário: terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30; sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30
Quanto: De terça a domingo: R$ 40 (meia entrada); quartas-feiras (exceto feriado): entrada gratuita; crianças de até 5 anos não pagam.
Informações: www.inhotim.org.br ou (31) 3571-9700
*O jornalista viajou à convite do MTur (Ministério do Turismo)