9 atrações imperdíveis para conhecer em Inhotim

01/08/2017 21:24

Localizada no Vale do Paraopeba, a cidade mineira de Brumadinho, a 60 km da capital Belo Horizonte, abriga um dos mais importantes museus do Brasil –o Instituto Inhotim.

Idealizado pelo empresário Bernardo de Mello Paz em meados dos anos de 1980 e aberto ao público em 2006, Inhotim possui um dos mais relevantes acervos de arte contemporânea do mundo e uma coleção botânica que reúne espécies raras e de todos os continentes.

Esculturas em bronze do artista Edgard de Souza; obras integram acervo permanente do Instituto Inhotim
Esculturas em bronze do artista Edgard de Souza; obras integram acervo permanente do Instituto Inhotim

Diferentemente de outros museus brasileiros, aqui, boa parte das obras são interativas, o que torna a experiência ainda mais singular. Ao todo são cerca de 1.200 obras de 85 artistas de diversas partes do mundo espalhadas num espaço de quase 800 hectares.

Obras de importantes artistas, como Hélio Oiticica, Rivane Neuenschwander e Cildo Meireles estão expostas a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes.

Os jardins do Inhotim também são verdadeiras obras de arte. A beleza rara aliada ao paisagismo, explora todas as possibilidades estéticas da coleção botânica –são quase 5.000 espécies, representando mais de 28% das famílias botânicas conhecidas no planeta.

Bate-volta

Por ficar a cerca de 1 hora de carro de Belo Horizonte, Inhotim é ideal para fazer um bate-volta. Principalmente para quem dispõe de pouco tempo na capital mineira.

Mas devido à sua grandiosidade, é quase impossível conhecer todo o acervo e as belezas de Inhotim em um único dia.

Confira abaixo dez atrações que merecem ser vistas em Inhotim:

1 – Galeria Cildo Meireles (Brasil)

A obra “Desvio para o Vermelho: Impregnação, Entorno, Desvio”, é formada por três ambientes articulados entre si
A obra “Desvio para o Vermelho: Impregnação, Entorno, Desvio”, é formada por três ambientes articulados entre si

O trabalho pioneiro do carioca Cildo Meireles no campo da arte da instalação prima pela diversidade de técnicas e materiais, apontando quase sempre para questões política e social.

2 – Galeria Adriana Varejão (Brasil)

“Linda do Rosário”, obra da artista Adriana Varejão inspirada o desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio de Janeiro, em 2002, cujas paredes azulejadas caíram sobre um casal num dos cômodos do prédio
“Linda do Rosário”, obra da artista Adriana Varejão inspirada o desabamento do Hotel Linda do Rosário, no centro do Rio de Janeiro, em 2002, cujas paredes azulejadas caíram sobre um casal num dos cômodos do prédio

Nos trabalhos da artista carioca Adriana Varejão expostos em Inhotim é possível acompanhar a diversidade de sua obra e a variedade de fontes de sua pesquisa, em especial a violência e a arquitetura.

3 – John Ahearn e Rigoberto Torres (EUA e Porto Rico)

Ahearn e Torres escolheram seus modelos entre a população de Brumadinho
Ahearn e Torres escolheram seus modelos entre a população de Brumadinho

O mural Rodoviária de Brumadinho, obra do norte-americano John Ahearn e o porto-riquenho Rigoberto Torres, representa a estação rodoviária de Brumadinho e as pessoas que passam por ela, um lugar que é não apenas um terminal de transporte mas também centro de vida social, pois nele se apresentam grupos de danças populares. Todos os personagens retratados na obra são moradores da cidade.

4 – Matthew Barney (EUA)

Em “De lama lâmina”, Matthew Barney toma o candomblé baiano como fonte de referência para tecer uma complexa narrativa sobre o conflito entre Ogum e Ossanha
Em “De lama lâmina”, Matthew Barney toma o candomblé baiano como fonte de referência para tecer uma complexa narrativa sobre o conflito entre Ogum e Ossanha - Roberto Castro/MTur

A instalação “De lama lâmina” (2009) é o último desdobramento de um projeto que teve origem numa performance realizada por Matthew Barney em parceria com o músico Arto Lindsay, durante o Carnaval de Salvador, em 2004

5 – Janet Cardiff  (Canadá)

“Forty Part Motet”, instalação com 40 caixas de som, cada uma reproduzindo os integrantes do coro da catedral de Salisbury
“Forty Part Motet”, instalação com 40 caixas de som, cada uma reproduzindo os integrantes do coro da catedral de Salisbury

A artista Janet Cardiff gravou cada integrante do coral da Catedral de Salisbury, na Inglaterra, durante a execução do soneto “Spem in Alium nunquam habui”, composto por Thomas Tallis em homenagem a rainha Elizabeth I. Na obra, a artista usa um alto-falante para cada voz, o que permite ao espectador ouvir as diferentes vozes e perceber as diferentes combinações e harmonias à medida que percorre a instalação

6 – Olafur Eliasson (Dinamarca)

Na obra de Olafur Eliasson, o visitante é convidado a manuseá-la, apontando-a para um ponto de seu interesse
Na obra de Olafur Eliasson, o visitante é convidado a manuseá-la, apontando-a para um ponto de seu interesse

A obra de Olafur Eliasson baseia-se nos princípios de funcionamento do caleidoscópio, gerando um efeito obtido pelo reflexo da luz em seis espelhos que formam um tubo hexagonal.

7 – Doug Aitken (Estados Unidos)

O espaço em círculo da obra de Doug Aitken dá vista panorâmica aos vales e montanhas que cercam Inhotim
O espaço em círculo da obra de Doug Aitken dá vista panorâmica aos vales e montanhas que cercam Inhotim

Doug Aitken encontrou em Inhotim não apenas as condições técnicas para o desenvolvimento da obra, mas também um contexto onde o trabalho fizesse sentido. Na obra “Sonic Pavilion” (conhecida cariosamente como o Som da Terra), o artista norte-americano cavou um buraco na terra de 200 metros no alto de uma montanha e instalou oito microfones ao longo do trajeto, que captam o som emitido no interior da terra e reverbera numa construção de vidro em volta do buraco.

8 – Galeria True Rouge (Tunga, Brasil)

A instalação “True Rouge”, do pernambucano Tunga, é composta por diversos materiais, como redes, madeira, vidro e esponjas do mar
A instalação “True Rouge”, do pernambucano Tunga, é composta por diversos materiais, como redes, madeira, vidro e esponjas do mar

“True Rouge” já pertencia à coleção de Bernardo Paz, que comprou a instalação de Tunga em 1994, dois anos depois de sua criação. Os objetos que pendem do teto, unidos por estruturas interdependentes, aludem a um grande teatro de marionetes: uma escultura de manipulação, que, se valendo da gravidade, não chega, contanto, a tocar o chão.

9 – Luiz Zerbini (Brasil)

Os trabalhos de Luiz Zerbini misturam abstração, geometria e figuração
Os trabalhos de Luiz Zerbini misturam abstração, geometria e figuração

A exposição “Amor Lugar Comum”reúne nove trabalhos de Luiz Zerbini produzidos na última década. As telas convidam o espectador a refletir sobre uma realidade sincopada. Os elementos como cor, profundidade, luz, sombra e perspectiva criam um jogo com o olhar.

INSTITUTO INHOTIM
Onde: Rua B, 20, Brumadinho (MG)
Horário: terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 9h30 às 16h30; sábados, domingos e feriados, das 9h30 às 17h30
Quanto: De terça a domingo: R$ 40 (meia entrada); quartas-feiras (exceto feriado): entrada gratuita; crianças de até 5 anos não pagam.
Informaçõeswww.inhotim.org.br ou (31) 3571-9700

*O jornalista viajou à convite do MTur (Ministério do Turismo)