Arquipélago de Alcatrazes, em SP, será aberto a turistas em 2018
O arquipélago de Alcatrazes, em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, será aberto ao turismo a partir de janeiro de 2018. A portaria que regulamenta a visitação foi assinada na última quarta-feira (13).
De acordo com o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), os turistas poderão mergulhar e fazer passeios de barco na região. No entanto, não poderão desembarcar em terra firme por questões de segurança e para preservação ambiental.
O arquipélago foi oficializado como Refúgio de Vida Silvestre há pouco mais de um ano e, com isso, passou a ser totalmente protegida e liberada à visitação e mergulho. O local tem 67 mil hectares e 13 ilhas a cerca de 40 quilômetros da costa de São Sebastião (SP).
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Alcatrazes serviu de local de exercícios de tiros da Marinha por décadas.
Diversidade e beleza
Alcatrazes abriga uns dos maiores ninhais do país, com nidificação de fragatas, atobás e gaivotões. Lá, já foram registradas 91 espécies de aves, das quais 12 são consideradas ameaçadas de extinção.
A vegetação é caracterizada por áreas de mata atlântica e campos rupestres. O local é também o principal local de abrigo, alimentação e descanso de tartarugas marinhas da costa paulista. Em suas águas também são encontradas cerca de 260 espécies de peixes. Há, também, a presença marcante de baleias e golfinhos.
Além de exuberante beleza e expressiva biodiversidade, o arquipélago dos Alcatrazes faz parte do patrimônio arqueológico, histórico e cultural da região, e foi citado nos relatos históricos logo após a colonização do Brasil.
No local, foram encontradas cerâmicas que indicam o uso da ilha pelos povos que viviam na região antes do descobrimento do Brasil. O paredão granítico de 316 metros de altura no meio do oceano impressiona os navegantes por sua beleza e suas águas com boa visibilidade, e a grande quantidade de vida marinha faz um convite ao mergulho contemplativo.
Mesmo quando for aberto para visitação, o arquipélago não deixará de ser preservado, pois o plano de manejo de Alcatrazes cria regras de funcionamento para garantir que as atividades ocorram com o mínimo de impacto aos ambientes naturais.
A pesca e qualquer tipo de degradação ambiental são proibidas na área do refúgio. Já as atividades turísticas, como mergulho e passeios, serão permitidas apenas de dentro das embarcações em áreas definidas pelo ICMBio. As empresas interessadas em fornecer os serviços precisarão atender aos critérios e fazer um cadastro que será analisado pelo instituto.
Com informações do ICMBio