BH aposta na cultura e gastronomia para retomar turismo

Confira dicas de onde ir, comer e se hospedar na capital mineira

A pandemia derrubou em 42% o número de turistas em Minas Gerais em 2020. Mas, aos poucos, o setor começa a dar sinais de recuperação. Em junho, o estado registrou aumento de 15,3% no fluxo de passageiros e voos na comparação com maio.

De acordo com o Observatório do Turismo de Minas Gerais (OTMG), foram 516.122 embarques e desembarques e 5.240 pousos e decolagens.

A Praça da Liberdade, um dos cartões-postais de BH
Créditos: Márcio Diniz | Catraca Livre
A Praça da Liberdade, um dos cartões-postais de BH

Outro dado positivo é a taxa de ocupação da rede hoteleira de Belo Horizonte, que ficou em 32,4% em junho –aumento de 8,8 pontos percentuais em relação a maio.

A cultura e a gastronomia estão entre as principais apostas para a retomada do turismo, principalmente na capital mineira. Desde o mês passado, os principais equipamentos culturais estão com suas portas abertas para o público. E o melhor: as atrações são gratuitas.

O Circuito Liberdade — complexo de museus e casas de cultura que ficam na Praça da Liberdade e arredores– recebe dois grandes eventos durante o mês de agosto. A Semana do Patrimônio, que acontece entre os dias 17 e 22, e o Mês da Cozinha Mineira, que começa na sexta-feira, 13, e vai até 19 de setembro (confira programação aqui).

Fachada do CCBB de Belo Horizonte, um dos equipamentos culturais do Circuito Liberdade
Créditos: Pedro Vilela/MTur
Fachada do CCBB de Belo Horizonte, um dos equipamentos culturais do Circuito Liberdade

Uma das atrações do Circuito Liberdade é o Centro Cultural Banco do Brasil, que está com a exposição que celebra os 70 anos de carreira de Yara Tupynambá durante todo o mês de agosto.


#DicaCatraca: sempre lembre de usar a máscara de proteção, andar com álcool em gel, respeitar o distanciamento social e sair de casa somente se necessário! Caso pertença ao grupo de risco ou conviva com alguém que precise de maiores cuidados, evite passeios presenciais. A situação é séria! Vamos nos cuidar para sair desta pandemia o mais rápido possível. Combinado?


A mostra reúne 74 obras de diferentes fases da carreira da artista mineira, que podem ser contempladas presencialmente ou virtualmente (bb.com.br/cultura).

Interior do Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte
Créditos: Divulgação/Acervo CCBB
Interior do Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte

Outra atração do Circuito Liberdade é o Museu Mineiro, que está com a mostra temporária “Amigas da Cultura”, que celebra a doação de 44 peças do acervo da Associação Amigas da Cultura para a instituição. Entre os itens estão peças de arte sacra, como esculturas de santos, oratórios e imagens, além de objetos cerimoniais: ostensórios, patenas, resplendores, ornamentos de santos, altares e parte do teto de uma igreja de Rio Acima.

A Sala das Sessões, uma das principais do Museu Mineiro
Créditos: Israel Crispim/Divulgação
A Sala das Sessões, uma das principais do Museu Mineiro

O Museu Casa Kubitschek, na Pampulha, também reabriu com uma nova exposição: “Outras Habitabilidades”, que integra o acervo mobiliário da casa com outros objetos de design e obras de arte. A mostra é estruturada em três camadas que se justapõem e possibilitam leituras ampliadas da habitabilidade moderna.

Museu Casa Kubitschek, na Pampulha
Créditos: Márcio Diniz | Catraca Livre
Museu Casa Kubitschek, na Pampulha

Na primeira camada, encontram-se os móveis originais dos anos de 1950, que pertenceram a D. Juracy Guerra, antiga proprietária da casa. A segunda camada apresenta os contextos históricos, culturais e políticos que caracterizam o território da Pampulha. E na terceira camada estão os hóspedes – obras contemporâneas, objetos de design e arte indígena, que articulam sentidos e criam múltiplas visadas. As visitas ocorrem de quarta a domingo, com agendamento prévio e gratuito pelo site da prefeitura de BH (pbh.gov.br/reaberturamuseus).

O jardim da Museu Casa Kubitschek
Créditos: Márcio Diniz | Catraca Livre
O jardim da Museu Casa Kubitschek

Projetada por Oscar Niemeyer, a Casa Kubitschek é um marco da arquitetura moderna dos anos de 1940 O imóvel,  que fica em um terreno de aproximadamente 3.000 m², é cercado pelo exuberante jardim planejado pelo paisagista Roberto Burle Marx.

A Casa do Baile também foi projetada por Oscar Niemeyer
Créditos: Pedro Vilela/MTur
A Casa do Baile também foi projetada por Oscar Niemeyer

A Casa do Baile, também na Pampulha, está com a exposição dedica ao fotógrafo francês Marcel Gautherot, A mostra reúne uma seleção de imagens, além de livros, revistas, vídeos e documentos acerca da obra do artista. A exposição é gratuita e ocorre de quarta-feira a domingo, das 11h às 18h.

Uma visita a Belo Horizonte não estará completa sem conhecer a Igreja da Pampulha (São Francisco de Assis) e o Mercado Central (lei mais abaixo).

A Igreja da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer com azulejos pintados por Cândido Portinari
Créditos: Pedro Vilela/MTur
A Igreja da Pampulha, projetada por Oscar Niemeyer com azulejos pintados por Cândido Portinari

Erguida em 1943, a igreja de São Francisco de Assis é considerada um marco na história da arquitetura brasileira e o primeiro trabalho de expressão de Oscar Niemeyer. Junto com a Casa do Baile, o Cassino (hoje Museu de Arte da Pampulha) e o Iate Clube, a igreja compõe o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, todos concebidos por Niemeyer em seu início de carreira.

O painel externo em azulejo azul e branco, na fachada posterior da igreja, que retrata cenas da vida de são Francisco é obra do artista plástico Cândido Portinari.

Painel do altar da Igreja da Pampulha, obra do artista plástico Cândido Portinari
Créditos: Márcio Diniz | Catraca Livre
Painel do altar da Igreja da Pampulha, obra do artista plástico Cândido Portinari

O artista também responsável pelo mural do altar principal e os 14 pequenos quadros que retratam a Via Sacra. Destaca-se o painel em cerâmica que reveste o púlpito, na parede exterior do batistério e no balcão.

A igreja ainda abriga obras Alfredo Ceschiatti — painéis em bronze, esculpidos em baixo relevo, no interior do batistério, retratando a expulsão de Adão e Eva do paraíso—e jardins projetados por Burle Marx.

Onde comer em Belo Horizonte

De botecos a restaurantes, Belo Horizonte oferece boas opções para ser comer bem. Se a ideia é fazer uma imersão na gastronomia mineira, não deixe de saborear o frango ao molho pardo no tradicional restaurante Maria das Tranças.

A receita do prato é a mesma servida por Dona Maria Clara em 1950, quando abriu o espaço no bairro São Francisco. Ele vem acompanhado de angu, quiabo e arroz.

O famoso o frango ao molho pardo do restaurante Maria das Tranças
Créditos: Divulgação
O famoso o frango ao molho pardo do restaurante Maria das Tranças

Agora, se for só para petiscar e beber uma cerveja, peça uma porção de pastel de angu –delicioso. Atualmente a casa é comandada por Ricardo Rodrigues, neto de Dona Maria.

A cozinha internacional também tem vez em Belo Horizonte. Instalado numa mansão no bairro Cidade Jardim, o Conde Restaurante oferece mais que boa comida e drinques sofisticados, mas uma experiência gastronômica completa.

O Conde Restaurante fica em uma bela mansão no bairro Cidade Jardim
Créditos: Divulgação
O Conde Restaurante fica em uma bela mansão no bairro Cidade Jardim

O difícil vai ser escolher o que pedir entre os mais de 50 pratos no cardápio elaborado pelo chef Wender Carvalho.  São risotos, massas, pescados, frutos do mar e cortes nobres de carne, entre outras opções.

O restaurante também serve pratos executivos diferenciados durante o dia. Para quem adora ambientes instagramavéis, as mesas que ficam no belo jardim são as recomendadas, e também as mais disputadas.

Conde Restaurante oferece cozinha internacional e autoral
Créditos: Divulgação
Conde Restaurante oferece cozinha internacional e autoral

A estada em Belo Horizonte não será completa sem uma visita ao Mercado Central, considerado por uma revista especializada como um dos melhores do mundo. O espaço é um verdadeiro parque de diversões da gastronomia mineira.

Além de um dos principais pontos turísticos de BH, o nonagenário também é ponto de encontro para quem vive na cidade.

Mercado Central de BH tem mais de 400 lojas que vendem literalmente de tudo
Créditos: Divulgação
Mercado Central de BH tem mais de 400 lojas que vendem literalmente de tudo

O ideal é reservar parte do dia para se perder nos inúmeros corredores e sentir uma explosão de aromas e sabores, como o do famoso queijo da Serra da Canastra.

São mais de 400 lojas que vendem literalmente de tudo — doces, queijos, cachaças, linguiças, pimentas, especiarias e artesanato de várias regiões de Minas Gerais.

O delicioso fígado com jiló, um dos petiscos mais tradicionais do Mercado Central de BH
Créditos: Márcio Diniz | Catraca Livre
O delicioso fígado com jiló, um dos petiscos mais tradicionais do Mercado Central de BH

Os bares são atração à parte, principalmente aos sábados. Não deixe de experimentar um dos petiscos típicos do Mercado Central: o delicioso fígado com jiló.

Para fechar o dia, que tal saborear uma pizza diferenciada e ainda contemplar uma bela Vista? Sim, BH também tem pizza boa. A dica é Pizzaria Panorama, que usa ingredientes clássicos da culinária mineira.

Escadaria que dá acesso à Pizzaria Panorama
Créditos: Reprodução/Instagram
Escadaria que dá acesso à Pizzaria Panorama

Todas as pizzas levam nomes de ruas da capital mineira, como Guaicurus (queijo mussarela, queijo azul Minas, cogumelos Paris, fatias de amêndoa e mel de figo), Afonso Pena (Muçarela, pedaços de frango caipira, ora-pro-nobis e requeijão); e Caetés (queijo mussarela, abobrinha, queijo Alagoa, pimentão e cebolinha).

As pizzas levam nomes de ruas da capital mineira
Créditos: Reprodução/Instagram
As pizzas levam nomes de ruas da capital mineira

A pizzaria, que ocupa um antigo ‘apartamento’, fica no bairro Floresta, região que está sendo revitalizada com bares e galerias de arte.

Onde ficar em BH

Belo Horizonte oferece opções de hospedagem para todos os tipos de viajantes, desde os mais econômicos até os que não abrem mão do conforto.

Para quem busca boa localização e preço mais acessível, a dica é se hospedar no Hotel Samba Belo Horizonte. Localizado na região central de BH, o hotel fica bem próximo de diversos pontos turísticos como o Palácio das Artes, Parque Municipal, Savassi e a bela Praça da Liberdade.

Os quartos do Hotel Samba Belo Horizonte contam TV, wi-fi, ar-condicionado, cofre e secador de cabelos. O café da manhã é incluso na diária.

Já os viajantes que buscam conforto e atendimento especializado para uma estada mais prolongada na capital mineira, o Ville Celestine Condo Hotel, da rede MHB Hotelaria, é a opção certa.

Localizado no bairro Luxemburgo, região nobre de BH, o hotel conta com apartamentos a partir de 57 m² –todos com 2 banheiros–, espaço fitness, sauna e uma área de lazer com piscina de borda infinita na cobertura.

A piscina do Ville Celestine Condo Hotel
Créditos: Márcio Diniz | Catraca Livre
A piscina do Ville Celestine Condo Hotel

Outra vantagem do hotel é fica a poucos metros de farmácias, padarias e supermercados, ideal para uma hospedagem “long stay”.

Recentemente o Ville Celestine foi um dos vencedores do prêmio Travellers’ Choice, Best of the Best, fazendo parte do grupo seleto de 10% dos melhores hotéis do mundo.