Brasil negro: 7 destinos imperdíveis para o Afroturismo
Roteiros para quem deseja mergulhar em experiências turísticas que apresentam a história e a cultura da afro diáspora
Brasil, com sua rica diversidade cultural, é um país onde as heranças africanas estão profundamente enraizadas na identidade nacional. Confira roteiros para quem deseja mergulhar em experiências turísticas que apresentam a história e a cultura da afro diáspora, lugares que conectam pessoas aos momentos históricos de contribuição da população afrodescendente.
São destinos que têm em sua identidade a valorização da herança afro-brasileira, onde o protagonismo da população negra na formação dos patrimônios culturais do país se destaca com o incentivo à oferta de serviços turísticos especiais e cheios de significado.
Vem conhecer um pouco mais desse Brasil negro recheado de riquezas!
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SALVADOR (BA)
A capital baiana é o coração da cultura afro-brasileira. Desde o Pelourinho, com suas ladeiras históricas e casarões coloridos, até as celebrações do Candomblé, tudo na cidade transpira ancestralidade africana. Entre os passeios imperdíveis está a caminhada Salvador Negra, que oferece um tour por pontos importantes da cultura negra e pelo Museu Afro-brasileiro, que conta com mais de 1,1 mil peças no acervo, além de outros locais que contribuem para a divulgação e a preservação dessa cultura.
SÃO LUÍS (MA)
A segunda capital com maior população negra em termos proporcionais, a cidade maranhense aparece no cenário do afroturismo nacional, onde está o Museu Cafuá das Mercês, dedicado à memória negra da cidade. São Luís também é conhecida como a capital nacional do Reggae e abriga o maior Quilombo Urbano da América Latina, onde tem o Roteiro Quilombo, premiado nacionalmente. Bem perto da cidade, também é possível visitar a cidade histórica de Alcântara, e visitar comunidades quilombolas.
MACEIÓ (AL)
A cidade promove roteiros que permitem uma visita a locais importantes, como o Instituto Histórico e Religioso de Alagoas. O estado também preserva legados da história dos negros em Palmares, na Serra da Barriga, a aproximadamente 80 quilômetros da capital. O Parque Memorial Quilombo dos Palmares permite saber mais da história de um dos grandes nomes da resistência, oferecendo um olhar mais impactante sobre a influência dele.
PORTO ALEGRE (RS)
O Rio Grande do Sul é um dos mais importantes estados na atuação política do Movimento Negro. No Centro de Porto Alegre, é possível conhecer uma parte importante dessa história passeando pelo Museu do Percurso Negro, que resgata marcos do espaço urbano onde a população negra se estabeleceu na cidade, evitando seu apagamento. O Mercado Público, onde está a obra “Bará do Mercado”, representa a entidade Bará (Exu) das religiões de matrizes africanas na cidade.
MOJU (PA)
Dentro do projeto Experiências do Brasil Original, do Ministério do Turismo, está o Quilombo África/Laranjituba, que oferece experiências turísticas memoráveis de povos indígenas e quilombolas em seus territórios, protegendo a identidade negra, os nossos costumes e raízes.
ALTO PARAÍSO (GO)
Na comunidade Quilombola do Povoado do Moinho os visitantes podem acompanhar a “Confecção das bonecas quilombolas”, contemplando cada etapa do processo, desde a elaboração do corpo até a criação de roupas, cabelos e rostos. Além disso, é possível degustar um delicioso café da manhã ouvindo histórias da Dona Irany sobre a sua família e o Quilombo Moinho, com o “Café da manhã com prosa na varanda”.
RIO DE JANEIRO (RJ)
A região da capital carioca conhecida como a “Pequena África”, abrange o território da zona portuária e os bairros da Praça Onze e Estácio, local de desembarque de africanos escravizados no Brasil, representa um dos mais importantes legados da cultura negra no país.
O afroturismo não é apenas uma forma de viajar; é uma jornada de reconexão, valorização e aprendizado. Conhecer esses destinos é uma oportunidade de celebrar a história e a resiliência do povo negro no Brasil, enquanto se fortalece a luta por igualdade e reconhecimento. Com informações do Ministério do Turismo.