Castelo na França tem museu do Tintin e exposição de Lego
Não fosse Tintin e o capitão Haddock, logo na porta, poderia ser mais um castelo francês com fachada imponente, mobiliário classudo e de antigos proprietários com números ordinais no nome.
Castelos são endereços que fazem a gente imaginar histórias. E em Cheverny não é diferente.
Localizado no Vale do Loire, a 1h40 de Paris, o Castelo de Cheverny foi inspiração para Hergé ambientar as aventuras do jovem repórter Tintin.
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Diz a história que o cartunista belga teria estado no local e se inspirado nessa construção para a criação do Château de Moulinsart, propriedade fictícia de um antepassado do Capitão Haddock, parceiro de Tintin.
E lá estão algumas das referências às histórias dos quadrinhos, como a fachada de pedra e bustos romanos que, nos desenhos aparece em uma versão reduzida, e a escadaria onde o atrapalhado e mal-humorado Haddock costumava tropeçar.
Conheça o Museu do Tintin
Do outro lado do jardim bem cuidado do castelo, o museu Les secrets de Moulinsart abriga uma exposição permanente em uma área de 700 m² com cenografia que parece saltar dos quadrinhos de Hergé.
Inaugurado em 2001, tem nove salas temáticas que recriam histórias de Tintin como a cripta do episódio ‘O Segredo do Unicórnio’, onde o castelo aparece pela primeira vez, em 1943; o quarto em que o repórter guardava os figurinos usados em suas aventuras pelo mundo; e o laboratório do professor Girassol, no episódio “O caso Girassol” (L’Affaire Tournesol, em francês).
O acervo do museu abriga também os primeiros desenhos feitos pelo cartunista e uma curiosa galeria de fotos de moradores reais de Cheverny que inspiraram os personagens das histórias de Tintin como Nestor, o mordomo de Moulinsart, inspirado em Jean-Claude, quem trabalhava em um hotel dos arredores de Cheverny.
Lego
E se já não bastassem as aventuras protagonizadas por Tintin, o castelo de Cheverny acaba de inaugurar em seus quartos imponentes a exposição Mystère à Cheverny (‘Mistério em Cheverny’, em português), onde peças de Lego recriam histórias famosas de mistério.
Durante meses, um milhão de peças foram montadas para dar vida a cenas de ‘Os Pássaros’ de Alfred Hitchcock e ‘Assassinato no Orient Express’ de Agatha Christie. Tem até James Bond e Scooby-Doo.
Curiosidades do Castelo de Cheverny
⇒ O local é um dos castelos privados mais visitados da França e, anualmente, recebe mais de 400 mil visitantes.
⇒ Aberto ao público em 1922, Cheverny é considerado também uma das poucas construções do gênero que ainda está habitada.
⇒ Charles-Antoine de Vibraye, quem herdou o castelo do tio-avô Philippe de Vibraye, e Constance du Closel são os atuais proprietários e moram no local com seus três filhos, em uma área de 250 m².
⇒ A primeira referência a esse castelo fortificado, construído por Raoul Hurault, data de 1315 e sua história segue pelos séculos seguintes sob cuidados de reis, condes e cavaleiros.
⇒ A propriedade está rodeada por uma floresta com árvores plantadas por Paul de Vibraye, entre 1820 e 1860, como tílias e sequoias gigantes.
⇒ A Orangerie é o setor de laranjeiras do castelo que serviu de esconderijo para mobiliários e, dizem, até para a obra Mona Lisa, durante a Segunda Guerra Mundial.
⇒ De moda na época, elementos decorativos eram criados a partir de obras literárias, como os 34 painéis de madeira do artista Jean Monier com trechos de Dom Quixote, de Miguel de Cervantes.
⇒ Nos desenhos de Tintin, o castelo aparece em versão reduzida por conta das árvores laterais que impediam que Hergé visse, de longe, a construção em sua totalidade.
Castelo de Cheverny e exposição permanente Les secrets de Moulinsart
Onde: Avenue du Château – 41700 (Cheverny)
Quanto: €11,50
Horário: das 9h15 às 18h30 (de abril a setembro) e das 10h às 17h (entre janeiro e março; e de outubro a dezembro)
Informações: chateau-cheverny.fr
Mystère à Cheverny
A exposição com peças de Lego fica no local de 27 de junho de 2018 a 31 de dezembro de 2019.
Visitantes do castelo tem acesso incluído ao museu.
Como chegar
A menos de duas horas de Paris, Cheverny cabe muito bem em um bate e volta a partir da capital francesa.
De trem, a viagem mais curta vai da estação Paris Montparnasse a Vendôme (cerca de 50 minutos). Dali, é preciso seguir até Blois, a 30 km de distância. Outra opção é seguir da estação Paris Austerlitz até Blois-Chambord (1h50, aproximadamente).
Em ambos casos é preciso tomar um táxi até o castelo (€25, segundo site do atrativo).
De ônibus (ouibus.com / flixbus.com), a viagem dura a partir de 2h30 (direto) e a passagem custa a partir de €12, do aeroporto Charles De Gaulle até Blois.
De carro, a viagem segue pela estrada A10, em direção a Bordeaux, e dali para Blois, pela saída 17.
Transfers
Baseada em Orléans, capital administrativa do Vale do Loire, a simpática Stéphanie realiza transfers e trabalhos de guia, a partir de Paris ou da região. Os tours podem ser feitos em francês, espanhol e inglês. A partir de €47 por pessoa odyssee-valdeloire.com
De avião
Paris é a única cidade francesa que recebe voos diretos do Brasil.
Para chegar na França, o Viagem em Pauta viajou com a Air France (11h, aproximadamente, a partir de São Paulo).
Com 23 voos semanais (14 da capital paulista, 7 do Rio de Janeiro e 2 de Fortaleza), a companhia conta com serviços como a sala VIP de 3.200 m², aberta também para passageiros da classe Econômica (acesso a partir de € 25) e o menu a la carte em que o passageiro pode dar um upgrade na refeição, com opções como quinoa orgânica, foie gras e camarões com tartar de abobrinha (menus a partir de € 15).