Chapada Diamantina, um paraíso para ser descoberto de bike
Muito além das belas praias e pontos turísticos soteropolitanos, a Bahia é o cenário perfeito para as mais incríveis aventuras de bike! Bem no centro do Estado fica uma imponente cadeia montanhosa composta por chapadões, diversas vegetações e berço de bacias hidrográficas: a Chapada Diamantina.
A junção desses elementos cria um infinito de possibilidades a ser explorado sobre duas rodas. Foi a beleza, a energia e o desafio da Chapada Diamantina, que fizeram Cacá Strina, apresentadora do Bike Spirit, desbravar as trilhas e montanhas do lugar, e descobrir a beleza do cerrado baiano através do cicloturismo.
Foram oito dias pedalando pela Chapada, sendo que a viagem começou pela cidade de Lençóis, que fica a cerca de 409 km de Salvador. No caminho até lá bastante sacolejo no ônibus lotado de gringos, e muito perrengue para carregar a Lydia (apelido carinhoso da bike da Cacá). Mas nada que tenha tirado a vontade de conhecer essa terra recheada –literalmente– de diamantes, pedra que dá nome ao lugar pelo histórico de garimpo, e explica o quê de magia da Chapada.
- Saiba agora por que você precisa conhecer a Chapada Diamantina
- Viagens baratas para casais: 5 destinos incríveis no sudeste
- 10 parques naturais para visitar no Brasil
- Feriados prolongados de 2025 e para onde viajar em cada um deles
Nessa aventura, Cacá teve a ajuda especial da agência Caminhos do Sertão, especializada em cicloturismo na Chapada Diamantina. Junto da apresentadora do Bike Spirit, uma turma seguiu no primeiro dia de passeio saindo de Lençóis pela Estrada do Garimpo, com destino ao Rio Roncador. Foram 18 km de pedal com muitas travessias de rios e riachos –sete no total, com água no joelho!– carregando a Lydia no ombro algumas vezes.
Neste primeiro dia, a surpresa foi encontrar mata atlântica em meio ao serrado, com caminhos sombreados e temperatura mais amena. Quase um oásis aos pés dos chapadões! Nas cachoeiras do Rio Roncador a contemplação toma conta dos visitantes. A cor de coca-cola das águas e o barulho do curso do rio são hipnotizantes, e tornam a passagem pelo local inesquecível. Depois de almoçar e tomar um banho de rio, Cacá seguiu rumo à cidade de Andaraí –mais 15 km– com travessias de “areiões” e um test-drive com uma fatbike.
Já na pequena Andaraí, Rio dos Morcegos em Tupi, o Bike Spirit fez a Cacá deixar a preguiça de lado e pedalar mais 13 km de pura subida até Igatu. Fácil não foi, mas o saldo do dia foi super positivo e fez valer a pena o descanso merecido na Pousada Flor de Açucena, que oferece visual totalmente integrado à natureza.
No segundo dia de aventura pela Chapada Diamantina, um mergulho na história do lugar. O Bike Spirit visitou uma Ourivesaria, oficinas onde são confeccionadas joias com metais preciosos. Lá, a Cacá conheceu diamantes brutos e pedras de carbonato. Foi a extração de diamantes que deu origem à vila de Igatu, que mais tarde, com a decadência da produção da pedra preciosa, acabou sendo abandonada, se transformando em ruínas. Hoje a vila deu lugar à Galeria Arte e Memória, um museu a céu aberto que expõe a arquitetura e a cultura da época do garimpo. Hora de colocar a bike na estrada de novo, e dessa vez Cacá encarou uma descida de nível intermediário, com um quê de mountain bike e terreno bastante irregular.
No caminho, mosaicos de pedras e diversas formações rochosas belíssimas. E a bike, claro, proporcionando a velocidade perfeita para apreciar tudo isso. A próxima parada foi o Poço Azul, na cidade de Nova Redenção. Depois de uma pequena descida, chega-se a uma caverna com um surpreendente poço de águas cristalinas com 65 metros de profundidade onde é impossível enxergar o fundo. É impossível não se encantar com a pureza da água. No fim do dia, em Mucugê, o passeio ainda reservou uma surpresa. Tomando um cafezinho despretensiosamente, Cacá encontrou Vera Ferreira, neta de Lampião e Maria Bonita, também viajando de bike!
O terceiro dia na Chapada Diamantina foi dedicado às belezas naturais do local e claro, muito pedal para conhecer tudo em volta. Saindo de Mucugê, o grupo contornou a Serra do Sincorá até Guiné, até a entrada do Parque Nacional da Chapada Diamantina. No caminho, dia lindo e ensolarado com vento fresco e sensação de ar condicionado no meio da caatinga. Largando o asfalto e se embrenhando por entre as estradinhas de terra batida, quanto maior a proximidade do coração da Chapada, mais incríveis ficam as paisagens e a energia.
De bike o percurso se encaixa na medida certa para curtir a vibe do lugar. Nada como sentir o clima, ouvir os barulhos e contemplar o visual. Uma viagem para se sentir abençoado! Após mais de 6 horas pedalando e 80 km percorridos, a parada final foi na Vila de Rio Grande, em Capão Bonito, com direito a cervejinha para brindar o dia de pedal intenso!
O quarto dia de passeio na Chapada Diamantina foi de descanso para as bikes e trilha a pé até a Cachoeira da Fumaça. A caminhada é longa: 6h de trilha com muita subida. No caminho vale apreciar a diversidade de flores que colorem o cerrado. Chegando ao platô de onde despenca a cachoeira é possível apreciar um visual mágico e de tirar o fôlego de tão alto.
A cachoeira da Fumaça tem cerca de 400 metros de queda d’água. Tem que ter coragem pra olhar pra baixo! O vento é tão forte, que a água não consegue chegar ao chão, e acaba virando minúsculas gotículas de água formando uma nuvem de fumaça.
A Gruta Lapa Doce, próxima à pousada onde o Bike Spirit ficou em Capão Bonito, inaugurou o roteiro de atividades do quinto dia na Chapada Diamantina. Trata-se de um complexo de lagoas e cavernas onde somente a Lapa Doce 3 é aberta à visitação em grupos de três ou quatro pessoas, por tempo limitado, acompanhada por um guia. As regras são rígidas para preservar esse patrimônio natural brasileiro.
As águas vêm do rio Pratinha e encantam pela pureza e diversidade de vida nas galerias. Paredões de rochas calcárias, as chamadas Dolinas, cercam a entrada das grutas numa descida de 70 metros. Os salões que antecedem os lagos dentro da caverna são repletos de estalactites, estalagmites e belas formações rochosas feitas pela erosão. De volta à Chapada, o passeio é pelo Morro do Pai Inácio, rocha de fácil acesso mas que dá ao visitante uma vista inesquecível. A maior atração é ver o por do sol desse mirante. Um espetáculo diário!
Antes de começar o sétimo e penúltimo dia na Chapada Diamantina, uma visita à loja de doces para se deliciar com a culinária típica da região. Pedal na estrada mais uma vez, saindo de Campos de São João com destino a Gerais de Camelo. Mais 10 km de uma trilha incrível e vista panorâmica da Chapada. De bike, toda viagem pode ser curtida em 360°. Até Poço Verde, mais 10 km de pedal e uma pausa para apreciar a cachoeira convidativa ao banho que marca o final das trilhas pela Chapada.
A viagem de Cacá Strina e do Bike Spirit pela Chapada Diamantina vai te mostrar que uma semana é muito pouco para explorar todas as cachoeiras, trilhas, trekings, montanhas, rios e belezas que a região pode oferecer. E pra te ajudar a planejar as suas próximas férias sobre duas rodas, que tal conferir todas as aventuras que a Cacá viveu nesse roteiro?
Na próxima quinta-feira, 27 de junho, estreia no Bike Spirit a série Chapada Diamantina, com 4 episódios contando tudo sobre o cicloturismo por esse paraíso brasileiro. Pra ficar por dentro de todos os conteúdos, assine o canal no Youtube e ative o sininho para receber as notificações. Inscreva-se no Instagram > bikespirit_go e na Fanpage > fb.me/bikespiritbr.
Dá só uma olhada no que vem pela frente:
Por Camilla Lisboa – em contribuição ao canal Bike Spirit