Cidades para explorar mercados históricos no Oriente Médio
De Istambul ao Cairo, mercados centenários revelam a dinâmica cultural e comercial de duas metrópoles
Em diferentes partes do mundo, os mercados públicos, como os do Oriente Médio, seguem como pontos de encontro entre moradores, comerciantes e visitantes, preservando práticas comerciais e culturais que atravessam gerações.
A experiência de caminhar por bazares centenários revela práticas que atravessam gerações. Em Istambul (Turquia), o Grande Bazar e o Bazar das Especiarias seguem ativos desde os períodos otomanos. No Cairo (Egito), o Khan el-Khalili mantém sua estrutura medieval e continua sendo referência comercial e turística.

Esses mercados não se limitam à função de compra e venda. São lugares onde se observa a organização urbana, os fluxos sociais e a permanência de tradições. A arquitetura, os sons e os produtos expostos ajudam a entender como o comércio moldou a identidade de cada cidade.
Istambul e seus mercados que atravessam séculos
Localizada entre Europa e Ásia, Istambul abriga alguns dos mercados mais antigos em funcionamento contínuo. O Grande Bazar (Kapalıçarşı), fundado no século 15, reúne mais de 4 mil lojas distribuídas por 61 ruas cobertas. O espaço concentra comércio de joias, tapetes, cerâmicas e artesanato turco, mantendo práticas tradicionais de negociação e produção.

A poucos metros dali, o Bazar das Especiarias (Mısır Çarşısı) opera desde o século 17 com foco em temperos, frutas secas, doces e chás aromáticos. O nome remete à origem dos produtos, trazidos do Egito. A estrutura abobadada e o fluxo constante de visitantes mantêm o mercado como referência sensorial e comercial.

Além dos grandes bazares, Istambul abriga mercados menores e especializados. O Arasta Bazaar, próximo à Mesquita Azul, concentra tecidos e peças artesanais. Já a rua Mahmutpaşa funciona como corredor comercial popular, com forte presença local. Esses espaços preservam práticas cotidianas e funcionam como extensão da vida urbana.
Cairo e seus mercados que preservam práticas ancestrais
Ao sul do Mediterrâneo, o Cairo mantém uma rede de mercados que seguem ativos há séculos. Entre eles está a Qasaba de Radwan Bey, estrutura coberta do século 17 dedicada à produção e venda de tecidos. O local preserva a tradição da khayamiya, tendas bordadas com padrões geométricos, confeccionadas por artesãos que mantêm técnicas transmitidas por gerações.

Localizada próxima ao Khan el-Khalili, a Qasaba funciona como elo entre o Cairo histórico e o contemporâneo. O corredor sombreado abriga oficinas e lojas que mantêm a produção manual como parte da rotina urbana.
O Khan el-Khalili, fundado no século 14, permanece como um dos principais centros comerciais da cidade. Suas vielas concentram lojas de especiarias, joias, luminárias e antiguidades. O mercado também abriga o Café El-Fishawy, em funcionamento desde 1797, ponto de encontro de escritores e artistas ao longo dos séculos.

Como chegar a Istambul e ao Cairo
A Turkish Airlines opera voos regulares entre o Brasil e Turquia, com operação diária a partir do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. A chegada ocorre no Aeroporto de Istambul, principal hub da companhia, que conecta passageiros a destinos em todos os continentes.
Para quem faz escala na cidade, a Turkish Airlines oferece dois programas que permitem conhecer Istambul sem custo adicional. O Touristanbul inclui passeios guiados para passageiros em conexão, enquanto o Stopover oferece hospedagem para quem permanece por um ou dois dias. Ambos estão sujeitos a regras específicas, disponíveis no site da companhia.

A partir de Istambul, é possível seguir viagem para o Cairo e outras cidades do Oriente Médio com facilidade, aproveitando a malha aérea da Turkish Airlines. A estrutura do aeroporto e os serviços oferecidos tornam a conexão uma oportunidade de explorar parte da cidade antes do destino final.