Conheça a Avenida dos Vulcões, no Equador

Por Eduardo Vessoni, do site Viagem em Pauta

Em certos destinos, ruas e avenidas assumem status de atração turística e atraem visitantes de todas as partes do mundo.

Que não nos deixem mentir vias como a argentina 9 de Julio; a cobiçada 5ª Avenida de Nova York; a Ocean Drive, em Miami; a Champs Elysées, em Paris; a espanhola Las Ramblas, em Barcelona; e, claro, a mais paulistana das avenidas, a Paulista.

Mas em terras andinas, lojas e monumentos famosos dão lugar a.. vulcões.

A partir de Quito, é possível conhecer a cenográfica Avenida de los Volcanes (‘Avenida dos Vulcões, em português), uma rota de 300 km de extensão, formada por uma cadeia montanhosa cortada por 27 vulcões que podem ser vistos, ao longo de 27 rotas turísticas da Serra Central e do norte equatoriano.

Conhecida como o coração dessa avenida natural, a capital do Equador é ponto de partida para duas linhas paralelas de vulcões que rasgam as cordilheiras dos Andes, de norte a sul, resultado dos choques das placas tectônicas do Pacífico com as do continente, dando origem ao “Cinturão de Fogo do Pacífico” (ou também “Anel de fogo do Pacífico”).

Só para ter uma ideia do poder (de fogo), esse cinturão do norte do oceano Pacífico, em forma de ferradura, se estende por 40 mil km e inclui também países como Japão, Nova Zelândia e destinos do Sudoeste Asiático como Tailêndia, Indonésia e Filipinas.

O nome Avenida dos Vulcões foi dado por Alexander von Humboldt, explorador alemão que participou de uma expedição com duração de cinco anos, que passou por países da América do Sul como Equador, Colômbia e Peru.

Conheça vulcões do Equador

Cotopaxi: Ícone do Equador, esse vulcão a 60 km de Quito é considerado um dos mais perigosos do planeta, devido a suas constantes erupções, e está em constante observação (a primeira estação sísmica permanente a vigiar uma formação como essa, na América do Sul, foi instalada na região, em 1976).

Quito vista do cerro Cruz Loma, no Equador[/img]

Uma vez desembarcado, é possível realizar trilhas com diferentes níveis de dificuldade e duração. O melhor horário para visitar a região é pela manhã, quando o tempo costuma estar mais aberto.

Chimborazo: Considerado o mais alto dos Andes do Norte e localizado no extremo sudoeste daAvenida de los Volcanes, esse vulcão a 150 km de Quito está a 6.268 metros sobre o nível do mar, o mais alto do Equador.

Foi ali que Alexander von Humboldt tentou realizar uma escalada até seu topo, cuja empreitada teve que ser abandonada a 5.875 metros, devido ao ar rarefeito.

Sangay: Considerado um dos mais ativos do Equador, o último vulcão ao sul do país, no parque nacional de mesmo nome, está a 5.230 metros sobre o nível do mar e seu nome em língua quíchua quer dizer “aterrorizar”. Com um diâmetro que varia de 10 a 12 km, esse vulcão ativo está, praticamente, isolado no sul do país e sem povoados próximos.

Cayambe: O mais difícil e perigoso para escaladores, esse vulcão a 5.790 metros sobre o nível do mar fica a 60 km ao norte de Quito.

Considerada a única montanha nevada que é cortado pela linha equatorial, com latitude de 0º, a atração oferece vista da Avenida de los Volcanes e seu topo pode ser alcançado em (longas e cansativas) 7 horas, na Província de Pichincha.

Imbabura: Conhecido por sua formação principal e rodeado por vulcões menores, esse vulcão composto está a 4.621 metros sobre o nível do mar. Localizado próximo a Otavalo, a 90 km de Quito, esse vulcão extinto pode ser vistado em uma caminhada exigente que dura, aproximadamente, 7 horas, entre ida e volta.

Trem dos vulcões

Recentemente, o ‘Tren de los Volcanes’ voltou a operar, após 4 meses de fechamento.

Durante a viagem sobre trilhos, os passageiros podem ver cerca de 14 vulcões como o Cotopaxi, Pichincha e Rumiñahui, entre outros.

O percurso segue em direção a Tambillo, Machachi e a Área Recreacional de El Boliche, próximo ao Parque Nacional Cotopaxi e com vista exclusiva da Avenida de los Volcanes.

O trem sai da estação de Chimbacalle, em Quito, de sexta a domingo, e percorre cerca de 80 km. A experiência completa dura 8h35, incluindo desembarques e atividades em El Boliche. SAIBA MAIS