Conheça Huntington Beach, onde até os cães são surfistas
Cidade na Califórnia tem ainda museu com pranchas raras e a história do surfe
Cherie, uma das cachorras surfista na Califórnia, foi adotada de um abrigo para buldogues franceses rejeitados nos Estados Unidos.
Do Texas foi parar em Huntington Beach, destino de surfe eleito a melhor praia da Califórnia pelo jornal USA Today.
A cachorrinha não só surfa como participa de competições e já disputou provas até no Havaí. É comum (e a coisa mais fofa) encontrar Cherie e mais amigos caninos treinando na praia.
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Passe a seta do post para vê-la em ação, flagrada em vídeo pelo @ladobviagem com as patas na prancha.
A cidade do surfe nos Estados Unidos exibe com orgulho a vocação pet friendly. Além de muitos hotéis aceitarem os filhos de fuça, há festas só para eles.
A praia Huntington Dog Beach foi nomeada uma das 10 atrações imperdíveis na região californiana Orange County pela Forbes Travel Guide.
Bares e restaurantes criam eventos especiais para os focinhudos, como o Doggie Date Night, festa em que os cachorros podem levar seus humanos, no Fred’s Mexican Cafe.
Sem dúvida, é um dos destinos mais pet friendly que já visitei No calendário de programas para os peludos, também está o Corgi Beach Day.
O evento gratuito tem comidinhas e brincadeiras o dia todo, e todos os cães são bem-vindos, e não só os da raça Corgi, os preferidos da rainha.
Cultura do surfe
Quem sonha com o clima californiano de surfe, mesmo não sendo esportista, vai se apaixonar por Huntington Beach.
O destino fica entre Los Angeles e San Diego e é chamado de Surf City USA – a cidade do surfe dos Estados Unidos
Mas nem só da prancha vive a cultura do esporte. Tem toda vestimenta despojada pelas ruas, lugares com comidinhas naturais, festas com músicas que endossam a vibe surfista. Sem dúvida, ela pulsa neste lugar.
Ao entardecer, prepare a câmera fotográfica. O céu da Califórnia costuma ganhar cores incríveis que espelham no mar.
Ao atravessar avenidas ladeadas de palmeiras, com kombis antigas coloridas e bikes pelas ruas, chego ao famoso pier de Huntington Beach.
Não conseguia pensar em outra trilha sonora para todo aquele cenário que não esta música do grupo Beach Boys.
Vintage
Coloridas e com pranchas a bordo, kombis Volkswagen no meio do século 20 são febre e símbolo do surfe no destino.
São vistas por todos os cantos. Clubes de kombis antigas costumam fazer eventos que reúnem os veículos mais raros e antigos, como estes que estavam na praia no dia que visitei.
Peguei carona em uma delas, do grupo Kowabunga Van Klan, que reuniu raridades para exposição. Na ocasião, haviam 40 kombis, muitas estilizadas e raras.
Pier e museu
O famoso Huntington Beach Pier é visita obrigatória. É lá que acontece o maior campeonato de surfe do mundo U.S. Open of Surfing.
O pier construído em 1902 está listado no Registro Nacional de Lugares Históricos nos EUA.
A praia onde está localizado costuma lotar, tem redes pra vôlei, pessoas praticando corrida, surfe e exibição de balões de todos os formatos.
Além de surfar e fazer aulas do esporte (abaixo) é possível alugar de equipamento para stand up paddle, ciclismo, skate, caiaque e outras atividades.
Para quem quer sombra e água fresca, o centro tem barzinhos e restaurantes para curtir a vibe com um drink nas mãos.
No centrinho, visite também o International Surfing Museum. O museu conta a história e a cultura do esporte, além de exibir uma coleção de peças raras de todo mundo.
A prancha do pai do surfe, Duke Kahanamoku (veja aqui a história), está neste local, assim como a maior prancha do mundo, 12,83 metros, listada no Guinness World Records.
O International Surfing Museum tem uma taxa de US$ 3 para entrar.
História do esporte
Nascido no Havaí, George Freeth foi o primeiro surfista em Huntington Beach, em 1914. Deixou a população de boca aberta com a demonstração do esporte sobre as ondas.
Até então, o surfe era conhecido só no Havaí. Mas o esporte nasceu mesmo nos pés dos pescadores, há cerca de dois mil anos, nas ilhas da Polinésia, terra onde foi inspirado o desenho Moana.
Lá, não surgiu como esporte, mas sim, uma forma de se locomover com mais rapidez no mar.
O surfe chegou ao Havaí no meio do século 19, e ganhou visibilidade com Duke Kahanamoku (1890 — 1968), idealizador do surf moderno. Ele espalhou a idéia de deslizar sobre as ondas como esporte pelo mundo.
Aula: de pé na prancha
Nunca surfou? Faça aulas. A escola mais famosa por lá é a Mc Kinnon, fundada pelo surfista profissional Rocky McKinnon.
Rocky cuida pessoalmente da escola. Com sorte, sua aula pode ser com ele. O surfista famoso já esteve entre os 10 melhores surfistas dos Estados Unidos e é figura carimbada em capas de revista e na TV norte-americana.
As aulas começam até para quem nunca encostou em uma prancha. A escola fornece todo equipamento, como pranchas e o macacão de neoprene, afinal, as águas geladas do Pacífico exigem a vestimenta.
Duas horas de aula para um grupo de 5 a 10 pessoas custa US$105 por pessoa. Classes particulares saem US$150 com duração de uma hora e meia. Também há aulas para stand up paddle.
— Guia básico —
Como chegar, internet e fuso
Huntington Beach fica a uma hora de carro de Los Angeles e há 50 minutos também de Anaheim, cidade onde está a Disney Californiana. Visitei o destino durante a IPW, a maior feira de turismo dos Estados Unidos.
Aconselho a alugar um carro para esta viagem pela Califórnia, embora haja transfers e ônibus que levam de uma cidade a outra. Fica mais barato e mais prático.
Para se locomover, é indispensável ter internet. Do que liberar um plano de operadora, que pode cobrar extras e te surpreender com a conta depois, compre um chip ilimitado. Uso SkillSim e não tive problema de conexão em nenhum minuto da viagem.
O chip deve ser trocado ao chegar no destino. Guarde o seu original para destrocar na volta ao Brasil. Para se ter uma idéia, um chip para uma viagem de 5 dias para os Estados Unidos custa US$65.
Como em todo Estado da Califórnia, o destino de praia tem 4 horas a menos de diferença do horário de Brasília.
Onde ficar
A cidade do surfe tem vários hotéis despojados, coloridos, no maior clima praiano, alguns com spas. Escolha algum no centro, para passear a pé nas lojinhas e bares.
Há muitas opções de quartos e casas nos sites de aluguel, para todos os bolsos, com o perdão do chavão.
Documentos e seguro
Além do passaporte e visto americano em dia, Estados Unidos é daqueles destinos em que você tem que fazer seguro viagem para estar coberto e prevenido por imprevistos.
Entre outras dores de cabeça, uma simples consulta médica pode sair uma fortuna, mais de U$ 300.
Bagagem extraviada, problemas odontológicos e até cancelamento de viagem são outros imprevistos. No seguro da GTA, Global Travel Assistance, além do atendimento médico, a cobertura está estendida a esses problemas também.
Casos de doença na família, cirurgia de última hora, recebimento de notificação judicial, roubo de documentos, visto negado e até divórcio podem motivar a suspensão de uma viagem. Aqui, com cobertura do seguro.
O que levar e quando ir
Despojada, sua mala não vai precisar mais do que um par de camisetas, shorts, tênis e chinelo, se for no verão (junho – agosto) dos Estados Unidos. Todo mundo estará de chinelos por lá.
Contudo, durante a noite pode ventar um pouco, então, mesmo nos meses quentes, leve casaco.
No inverno (dezembro – fevereiro), é frio, para os padrões brasileiros. Leve casacos e calças. Janeiro a março também são os meses com mais probabilidade de chuvas.