Consulado de Portugal em SP suspende novos pedidos de cidadania

A medida inclui ainda o Escritório Consulado em Santos. No Rio, o serviço funciona normalmente

O Consulado de Portugal em São Paulo decidiu suspender nesta quinta-feira (18) os novos pedidos de cidadania e vistos até o dia 2 de janeiro de 2019. O motivo é o crescente número de solicitações recebidas nos últimos meses, o que sobrecarregou o sistema.

Em nota, a instituição diz que “suspensão foi necessária para evitar lentidão na análise dos processos pendentes”.

Consulado de Portugal em São Paulo só vai aceitar novos pedidos de cidadania a partir do dia 2 de janeiro de 2019
Créditos: danielfela/iStock
Consulado de Portugal em São Paulo só vai aceitar novos pedidos de cidadania a partir do dia 2 de janeiro de 2019

A representação na capital paulista é a que mais recebe pedidos de nacionalidade portuguesa de toda a rede consular de lusitana.

No ano passado, o Consulado-geral em São Paulo recebeu 12.217 pedidos de cidadania, um aumento de 64,8% em relação a 2016, quando foram registradas 7.413 solicitações. É o triplo do escritório do Rio de Janeiro –4.157 pedidos

De janeiro até setembro, o Consulado-geral em São Paulo recebeu quase 6.000 pedidos de visto, sendo 61% para estudos. A crescente procura se deve pela facilidade na admissão nas universidades portuguesas, que desde 2014 aceitam a nota do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

Escritório em Santos

A suspensão também vale para a Escritório Consulado em Santos, igualmente sobrecarregado com solicitações.

Nos demais consulados portugueses no Brasil –Rio de Janeiro, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador e Fortaleza os serviços seguem normalmente.

Quem não quiser esperar até o dia 2 de janeiro pode entrar com os pedidos diretamente na Conservatória de Registro Civil em Portugal (www.irn.mj.pt).

Quem tem direito?

Tem direito ao pedido de nacionalidade portuguesa os filhos de cidadãos portugueses, netos, cônjuges e companheiros, e descendentes de judeus sefarditas portugueses.