Cruzando a Cordilheira dos Andes de carro
Cruzar a Cordilheira dos Andes é uma viagem fascinante e recheada de belezas naturais.
A ideia de percorrer quase 400 km pelos Andes, no caminho de Santiago, no Chile, a Mendoza, na Argentina, era algo muito inusitado e fizemos a travessia no verão.
Cruzando a fronteira:
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A fronteira entre Chile e Argentina fica na parte mais alta das montanhas. Primeiramente passa-se pelo posto da Alfandega do Chile (não há necessidade de parar). Logo em seguida a divisa entre os dois países ocorre no Túnel do Cristo Redentor. Mais adiante localiza-se o posto de alfandega da Argentina, no qual ocorrerá o trâmite de entrada e saída.
Curiosidade: O túnel que divide os países a uma altura de 3.175m tem 3.080m de extensão, sendo 1.564 no território chileno e 1.516 no território argentino, foi inaugurado na década de 80.
O caminho: Paso los Libertadores
A Cordilheira dos Andes, localizada ao longo da costa ocidental da América do Sul, possui aproximadamente 8.000 km de extensão e é a maior cadeia de montanhas do mundo. É uma longa fronteira natural entre Chile e Argentina, além de ocupar o território de diversos países, tais como: Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia.
A altitude média é de 4.000 m e seu ponto mais alto é o monte Aconcágua, nos Andes argentinos, com seus 6.962 metros de altura, considerado o ponte mais alto das Américas e de todo hemisfério Sul.
A paisagem é algo incrível e lindo de ver e sentir. Montanhas rochosas com seus picos nevados, rios e pequenas cachoeiras decorrente do degelo dos Andes compõe um ambiente único.
A subida é bem ingrime do lado chileno e logo localiza-se a famosa Estrada Caracoles, com suas 29 curvas em forma de ferradura, sem qualquer proteção, percorrendo um desnível de aproximadamente 700 m.
Logo após a subida e quase a 3.000m de altura localiza-se a estação de Esqui Portillo, quase na divisa com a Argentina, a 120km de Santiago. Construído na década de 40, é o centro de esqui mais antigo da América do Sul.
Descendo pelo lado Argentino é bem mais tranquilo, com curvas não tão acentuadas. A estrada acompanha o rio Mendoza. Parece mentira, mas a paisagem é completamente diferente a do lado chileno. Solo mais arenoso e colorido com nuances de vermelho e amarelo, alguma vegetação dando uma tonalidade esverdeada.
Após a descida da Cordilheira, a estrada leva a Mendoza, passando por diversas vinícolas.
Importante: durante o inverno e devido as nevascas, alguns pontos da estrada ficam interrompidos. Informe-se antes.
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Por Thais Moura, autora do site: Love and Travel. Siga no Instagram e curta no Facebook.