De Amsterdã a Toronto: as 10 cidades mais multiculturais do mundo

Para inspirar sua próxima viagem

15/04/2019 13:26 / Atualizado em 05/05/2020 12:27

De Londres a Nova York e de São Paulo a Toronto, algumas cidades tentam colocar o mundo inteiro dentro delas. Sucessivas ondas de migrantes levam aos seus territórios um pedaço de suas próprias culturas, fazendo marcas em seus novos ambientes por meio de incríveis restaurantes, festivais e cenas artísticas.

A seguir, a Catraca Livre mostra porque dez metrópoles do mundo estão entre as mais cosmopolitas do planeta.

Amsterdã (Holanda)

Amsterdã, na Holanda, é uma das capitais mais ecléticas do mundo
Amsterdã, na Holanda, é uma das capitais mais ecléticas do mundo - iStock

Conhecida pela sua acolhida com migrantes e asilados, a capital holandesa se orgulha da diversidade de sua população. Com aproximadamente 178 origens culturais distintas, andar pela cidade é ouvir várias línguas e etnias — os novos moradores, que não falam holandês, recebem aulas gratuitas para ajudá-los a se integrar e trabalhar em setores como o de aluguel de carros, de gastronomia e até em ramos artísticos.

Amsterdã ainda recebe muitos eventos culturais ao longo do ano, sempre enfatizando sua visão mundial, como é o caso do Drongo Festival.

Londres (Reino Unido)

Londres é uma das cidades mais culturais da Europa
Londres é uma das cidades mais culturais da Europa - iStock

A maior cidade do Reino Unido é casa de população mais etnicamente diversa do mundo. Da Índia à Jamaica, de Gana ao Brasil, o planeta poderia ser representado na metrópole europeia. Cerca de um terço dos londrinos são estrangeiros e, apesar da língua oficial ser o inglês, as ruas são palco para muitos idiomas — uma escola de idiomas recentemente disse que cerca de 200 línguas são faladas em Londres.

Essa diversidade é refletida na gastronomia, nos festivais (como o Notting Hill Carnival), na música e nos esportes: a maioria dos jogadores de futebol dos clubes da cidade são africanos e sul-americanos.

Los Angeles (EUA)

Manhattan Beach, nos arredores de Los Angeles
Manhattan Beach, nos arredores de Los Angeles - iStock

Principal cidade da Califórnia, nos Estados Unidos, Los Angeles abriga pessoas de 140 países diferentes, segundo levantamento do governo local. Com leis favoráveis aos migrantes — mesmo em tempos de Donald Trump –, é um destino popular de centro-americanos e asiáticos em busca de uma nova vida nos EUA.

A cidade tem a diferença de ser um local sem uma população majoritária, criando uma cena cultural verdadeiramente vibrante, como pode ser notado nos bairros temáticos, como Koreatown (dos coreanos), Little Tokyo (dos japoneses) e Boyle Heights (dos latino-americanos).

Paris (França)

Vista da Torre Eiffel, em Paris
Vista da Torre Eiffel, em Paris - iStock

Embora a migração seja um assunto polêmico na França, assim como na maioria dos países da Europa, não há dúvidas de que Paris também é um centro mundial de nacionalidades. Apesar da dificuldade em determinar o número exato de estrangeiros na capital francesa — porque os censos franceses proíbem questionar os entrevistados sobre etnicidade –, pesquisas independentes sugerem que entre 14% e 20% dos moradores da metrópole francesa sejam de outros países, sendo a maioria deles de fora da União Europeia.

A cidade mantém espaços próprios para seus migrantes, como o Quartier Chinois, dos chineses, e a eclética região de Belleville, onde se encontra restaurantes asiáticos e africanos.

Nova York (EUA)

Times Square, uma das atrações de Nova York
Times Square, uma das atrações de Nova York - iStock

Nova York é conhecida no mundo justamente por sua característica cosmopolita. Localizada na Costa Oeste dos Estados Unidos, a metrópole é dividida em cinco zonas, o Queens é a mais diversa delas. Ali vivem pessoas da Índia, da Coreia do Sul e do Brasil, entre outros países.

Em 2017, um estudo de uma escola de idiomas nova-iorquina mostrou que há mais línguas sendo faladas na região do que em qualquer outra do mundo. Em 1984, já percebendo essa característica, o governo da cidade criou o Mayor’s Office of Immigrant Affair, que criou uma série de programas para ajudar quem chega ao Queens — e a Nova York — para começar uma vida.

San Francisco (EUA)

A famosa Golden Gate, um dos cartões-postais mais famosos da Califórnia
A famosa Golden Gate, um dos cartões-postais mais famosos da Califórnia - Divulgação/Visit California

Outro centro do multiculturalismo californiano, San Francisco é menor do que a maioria das outras cidades mencionadas nesta lista, mas não perde nada em seus cosmopolitismo. Muitos migrantes da China se estabeleceram na metrópole estadunidense no século 20, e não à toa é lá que está a Chinatown mais famosa do planeta.

Mas em San Francisco há pessoas da Alemanha, da Itália, do México, da Índia, do Japão e do Brasil — todas elas costumam se encontrar nos festivais que a cidade organiza para celebrar essa variedade, como o Ano Novo Chinês — uma das dez maiores paradas do planeta — e o Ethnic Dance Festival, uma celebração das comunidades que vivem na cidade por meio da dança.

São Paulo (Brasil)

A Pinacoteca é o museu de arte mais antigo da cidade de São Paulo
A Pinacoteca é o museu de arte mais antigo da cidade de São Paulo - Divulgação

“Sampa”, como os habitantes carinhosamente a chamam, é a cidade mais cosmopolita da América do Sul. Embora a migração não tenha sido predominante nos últimos anos, a variedade da população se deve às ondas migratórias que começaram na segunda metade do século 20, como a de libaneses, italianos e japoneses.

Isso se expressa também nos bairros da cidade: o Bixiga é uma região tipicamente italiana — onde se pode comer as melhores massas da metrópole –, enquanto a Liberdade é repleta de restaurantes asiáticos. Nos últimos anos, cresceu também a comunidade sul-americana em São Paulo, como bolivianos (que se encontram todos os domingos na Praça Kantuta, no Pari, na região Oeste) e colombianos.

Cingapura

Cingapura é uma das cidades mais multiculturais da Ásia
Cingapura é uma das cidades mais multiculturais da Ásia - iStock

Cingapura é uma exclusividade no mundo: não apenas por ser uma cidade-estado, mas também pela sua juventude em relação a outros locais citados — a independência foi conquistada apenas em 1965. A nação sediada em uma única ilha na Ásia se orgulha de abrigar uma diversidade de culturas e religiões e de, ao contrário de alguns países da região, permitir que elas convivam.

A maioria dos residentes são de origem chinesa, mas há malaios, indianos e tailandeses aos montes, além de uma minoria de profissionais dos Estados Unidos que chegam a Cingapura para trabalhar nas multinacionais. Em um esforço para garantir que a comunicação entre todos permaneça fácil, o governo estipulou quatro línguas oficiais: inglês, malaio, mandarim e tamil.

Sydney (Austrália)

Vista da baía de Sydney com o icônico prédio da Ópera House ao fundo
Vista da baía de Sydney com o icônico prédio da Ópera House ao fundo - iStock

O cosmopolitismo da metrópole australiana está em seu aspecto educacional. Mais de 50 mil estudantes internacionais vão a Sydney todos os anos, e entre as razões principais estão a alta qualidade de vida e o fato de a cidade sempre ter altas taxas de empregabilidade.

Responsável pela maior economia da Austrália, ela também é o centro financeiro do país e sede das principais multinacionais localizadas no continente.

Toronto (Canadá)

Vista do skyline de Toronto
Vista do skyline de Toronto - iStock

Metade da população de Toronto, no Canadá, é estrangeira — e por isso ela refere-se a si mesma como a “capital mundial da diversidade”. Ali vivem cerca de 200 grupos étnicos que falam 140 línguas distintas. Pessoas da Irlanda, do Reino Unido, da China, da Itália, do Brasil, além de pequenas comunidades de iranianos, holandeses, nepaleses e romenos fazem do que as vizinhanças da cidade sejam quase todas temáticas.

Além da tradicional Chinatown, há ali a Greektown, a Roncesvalles Village (poloneses), a Little Italy e a Little India.