Descubra os mistérios das cachoeiras dos Dragões em Pirenópolis

Só o nome já empolga! Mesmo quem já foi várias vezes à Pirenópolis ainda se surpreende ao ouvir falar das Cachoeiras do Dragão. Foi o meu caso, quando em janeiro deste ano um amigo de Sampa, disse que vinha passar o aniversário dele aqui em Brasília e encomendou um roteiro especial. Este caiu do céu, foi um presente pra ele e pra mim.

As cachoeiras do Dragão ficam dentro da fazenda do Mosterio Zen Budista Eisho-Ji. São oito cachoeiras com pontos para banho e água cristalina. Para passar em cada uma delas, a gente percorre uma trilha de 4,5 km por diferentes paisagens. Andamos por campos rupestres, veredas, matas bem fechadas.

As cachoeiras do Dragão ficam dentro da fazenda do Mosterio Zen Budista Eisho-Ji

Não é uma trilha cansativa, até porque a gente vai parando para banhos e curtindo o visual de cada uma das cachoeiras. É impressionante como uma cachoeira é bem diferente da outra, dá vontade de mergulhar em todas! A terceira, e uma das minhas prediletas, é a pérola do Dragão. A cor das pedras é de outro mundo!!!!

Na entrada de cada uma tem uma plaquinha com um ensinamento. É a mitologia dos oitos dragões. A história da quinta cachoeira é linda. É sobre pessoas que se dizem zen e são mais perdidas que tudo. A história conta que um rei que amava colecionar várias itens relacionados a dragões, mas quando um verdadeiro foi visitá-lo, ele desmaiou.

 

O texto continua dizendo o seguinte: “Eu digo que é Zen de papparazzi, aquelas pessoas que através da internet, ou e-mail, despacham mensagens para duzentas, trezentas pessoas ao mesmo tempo, recebendo respostas e perguntas. Respondendo o que ele pensa ou aprendeu algures em livros Zen, ou sutra do Dharma, falando como se fosse professor. Pode ser professor, mas não é monge Zen nem mestre, claro, é tudo imitação, mentira. Quando aparece o verdadeiro dragão mostrando sua cara, assusta, querendo explicar, justificar, quanto mais explica, justifica, pior”.

A sexta cachoeiras é outro espetáculo! Dá para dormir nas pequenas piscinas naturais formadas na rocha. Especialmente depois de fazer uma massagem com a força da queda d’água da cachoeira seis. O passeio completo, trajeto de carro mais trilha, pode durar até oito horas e lá não tem lanchonete. Então é indispensável levar água e comida!

 

As cachoeiras ficam a 42 km de Pirenópolis, em uma região conhecida como Várzea do Lobo. Existem duas maneiras de chegar lá. A primeira é pagando para uma agência de turismo, que estava cobrando R$ 160 por pessoa em janeiro. A segunda é ir por conta própria, que foi o que fizemos. Além de economizar, nos divertimos parando para ver a paisagem e o local de onde eram extraídas as pedras que dão nome à cidade.

O acesso se dá por 25 km de asfalto, saindo no sentido aeroporto, e 15 km de estrada de chão. A estrada passa dentro de um rio, que em períodos chuvosos pode encher a ponto de impedir o tráfego. É bom sair do carro e ver como está o nível da água. O carro vai até o Mosteiro, onde começa a trilha. A entrada custa R$ 40.

Reserve um tempo para conhecer o mosteiro, é todo feito de pedra, com espaço para meditação. Todo dia 28 de cada mês eles têm uma celebração no amanhecer, visitando a nascente das cachoeiras.

Por Bárbara Lins, do blog Descobertas Barbaras