Destinos africanos fora do óbvio que valem a viagem
Namíbia, São Tomé e Príncipe e Maputo despontam como alternativas para quem busca experiências autênticas na África
Enquanto boa parte dos turistas ainda se concentra em rotas tradicionais como Europa e América do Norte e Sul, o continente africano começa a ganhar espaço entre viajantes que buscam experiências mais autênticas. Países como Namíbia, São Tomé e Príncipe e Moçambique têm atraído brasileiros interessados em natureza, cultura e paisagens pouco exploradas e com a vantagem de não exigir visto ou de oferecer processos simplificados de entrada.

A Namíbia, no sudoeste da África, é um dos países mais seguros do continente e vem investindo em infraestrutura turística. O destaque vai para o deserto do Namibe, com dunas alaranjadas que chegam até o Oceano Atlântico, e para o Parque Nacional Etosha, onde é possível observar animais selvagens como elefantes, rinocerontes e leões em seu habitat natural.
Brasileiros não precisam de visto para estadas de até 90 dias, o que facilita o planejamento da viagem. O destino tem se consolidado entre fotógrafos, aventureiros e quem busca contato direto com a natureza.

No Golfo da Guiné, São Tomé e Príncipe oferece uma proposta diferente: praias praticamente intocadas, biodiversidade rica e um ritmo de vida tranquilo. O país fala português e mantém forte influência lusitana na arquitetura colonial e na culinária, que mistura ingredientes africanos e europeus.
A isenção de visto para brasileiros vale por até 15 dias, graças a um acordo entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa). Para quem pretende ficar mais tempo ou viajar com outros propósitos, é necessário solicitar o visto com antecedência — o processo pode ser feito pela internet, no site oficial do Serviço de Migração e Fronteiras.

Já Maputo, capital de Moçambique, combina o urbano com o natural. A cidade tem vida cultural intensa, mercados tradicionais, galerias de arte e uma gastronomia baseada em frutos do mar. A influência portuguesa está presente na língua oficial e na arquitetura. A poucos quilômetros dali, o Parque Nacional de Maputo oferece safáris e observação de animais selvagens.
Para entrar no país, brasileiros precisam solicitar o visto eletrônico (e-Visa), com emissão em até cinco dias úteis. O custo médio é de US$ 50 (cerca de R$ 275), e a confirmação chega por e-mail após a aprovação.
Como chegar
Para quem parte do Brasil, uma das formas mais práticas de chegar a esses destinos é pela TAAG Linhas Aéreas de Angola. A companhia opera voos diretos entre São Paulo (Guarulhos) e Luanda quatro vezes por semana —às segundas, quartas, sextas e domingos. De Luanda, há conexões para Maputo (às terças, quartas, quintas, sextas e domingos), São Tomé (às segundas, quartas e sextas) e Windhoek, capital da Namíbia (às terças, sextas e domingos).
A TAAG também oferece a possibilidade de stopover em Angola por até cinco dias, sem necessidade de visto para brasileiros —que podem permanecer no país por até 90 dias. Os bilhetes podem ser adquiridos em lojas físicas, agências de viagens, call center ou pelo site da companhia. Para quem compra em agências, há a opção de parcelamento em até quatro vezes sem juros.