Durma com o rugido de leões neste ‘glamping’ na África do Sul
Woodbury tem tendas 'all inclusive' e dois safáris para ver os big 5 e dormir com o rugido de leões
Passar a noite em uma tenda de acampamento na África do Sul para fazer safári foi uma das aventuras mais autênticas que já fiz em viagens.
Durante a madrugada, você ganha de brinde o rugido de leões e uivos de outros animais, afinal, estará na casa desses bichos.
O Woodbury Tented Camp tem tendas para glamping (camping + glamour), a nova moda de viajantes.
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Essa modalidade de hospedagem junta aventura de estar acampado na savana ao o conforto de um hotel cheio de estrelas.
O acampamento está a 60 km a leste de Port Elizabeth, em uma reserva privada chamada Amakhala Game Reserve, com hotéis e lodges para safari, além vários projetos de sustentabilidade na África do Sul.
Como explica Mark Palmer, gerente da reserva, lá, a vida selvagem segue como deve ser.
“Os animais são selvagens e cuidam de si. O ecossistema natural significa que os predadores (leão, leopardo, chita, etc.) têm que matar para se alimentar”, conta.
Um veterinário é responsável ainda por qualquer problema. A reserva trabalha a conservação sem interrupção da vida selvagem.
Como é o Woodbury e quanto custa?
A tenda de lona lembra um quarto de hotel, com cama queen, roupa de cama, eletricidade, banheiro com água aquecida e um megaventilador. Esquenta, gente, estamos na África do Sul.
Uma varandinha dá de cara para a reserva de 8 mil hectares com os animais em seu habitat natural. Uma cerca separa você e sua tenda dos animais na selva –soltos na casa deles.
A Amakhala tem os Big 5 para você encontrar durante os safáris: leão, elefante, búfalo, leopardo e rinoceronte, que estava com um bebê.
Cada diária custa 3.010 rands (a moeda local, o que dá R$ 860 aproximadamente), por pessoa em quarto duplo, e inclui dois safáris com guia (ranger ou tracker) na savana.
Em uma pesquisa rápida, achei diária na baixa por cerca de R$ 1.300 por casal.
O rio Bushman corta a reserva e permite que sejam feitos cruzeiros para observação dos animais. Dura uns 40 minutos com comidinhas e bebidas a bordo.
Na hospedagem, estão inclusas todas as refeições, bebidas e a fogueira com drinks à noite, para degustar vinho ou Amarula com chocolate.
Para chegar a qualquer quarto, há uma caminhada pela mata, supercharmosa, que começa depois da área de piscina.
A área é livre de malária e, sinceramente, não vi muitos insetos por lá.
As refeições são servidas em um lounge principal de pedra e sapé, também de cara para a savana.
Com sorte, seu café da manhã antes das 6h, quando sai o safari, será na companhia de elefantes, que adoram passear por lá.
Amakhala e sustentabilidade
Amakhala é uma reserva privada que tem um trabalho de conservação do ambiente, com os animais e a população local.
No total, são 10 lodges e acampamentos, mas com um controle rígido de número de hóspedes, para não impactar o ambiente.
Também nunca será permitida qualquer interação com os bichos, justamente para protegê-los.
A reserva tem ainda programas de preservação e estudo de flora e fauna, além de apoiar o programa Isipho HIV/ Aids na aldeia local, chamada Paterson, que fica a 10 km.
O programa cuida de órfãos e crianças infectadas pelo HIV. Também oferece suporte e educação para adultos que vivem com o vírus.
O dinheiro para os programas, ajuda aos bichos e à comunidade local vem dos turismo, como explica Mark Palmer, gerente geral da Amakhala.
“Turistas desempenham um papel crucial na conservação de áreas selvagens na África, ao visitar e fazer safaris. Sem essa renda, não haveria como arcar com os custos das reservas.”
Ele revela também que há lugares que devem ser evitados, como os que permitem interação com bichos.
“Alguns lugares não contribuem para a conservação. Normalmente, são lugares que oferecem contato com filhotes de leão ou passeios de elefante. Exploram e devolvem pouco”.
“Turistas devem verificar os padrões de conservação do estabelecimento. Parques Nacionais, reservas privadas com boa reputação (como Amakhala) e centros de rehabiliação de animais respeitáveis têm diretrizes de conservação transparentes e boas críticas”.
Para chegar ao Woodbury, dentro dessa reserva, você voa para a África do Sul por Joanesburgo, e, de lá, outro avião leva a Port Elizabeth.
Caso queira, pode contratar um transporte do aeroporto até a reserva e acampamento, com eles, pago à parte.
Neste link, conto sobre a moeda local e sua chegada à porta de entrada na África do Sul, Joanesburgo.
Como protetora de animais e jornalista de viagens, digo, sem dúvida nenhuma, que a experiência de ver os animais no habitat deles foi simplesmente uma das melhores que já tive.
O Lado B Viagem viajou a convite da South African Tourism e Latam Airlines.