Em Seychelles, Mahé é a verdadeira ‘ilha do tesouro’

Que tal aproveitar suas férias numa das 115 ilhas desse arquipélago no oceano Índico que faz das paisagens um elogio à natureza

Em parceria com Viramundo e Mundovirado
27/01/2020 23:10

A simples menção do nome Seychelles obriga abrir espaço para um universo de ilhas graníticas, cercadas do mar azul cintilante e barreiras de corais, com praias que parecem buscar a natureza perfeita. Estas reforçam ainda mais a ideia do arquipélago como lugar paradisíaco para curtir uma paixão.

Mas desta vez o convite à viagem ao arquipélago é um bilhete para o mundo infinito da aventura –a caça ao tesouro. E não é propaganda enganosa, o prêmio é 50% do butim escondido, avaliado em US$ 140 milhões.

Seychelles é uma espécie de parque temático para aqueles que tem interesse em natureza, paisagens maritimas impactantes, gastronomia rica e variada
Seychelles é uma espécie de parque temático para aqueles que tem interesse em natureza, paisagens maritimas impactantes, gastronomia rica e variada - Seychelles Tourism

Ilha com tesouro enterrado não é novidade nenhuma. Uma das mais famosas, até fica perto do Brasil – ilha Robinson Crusoé, no arquipélago Juan Fernández, Chile. Pesquisadores confirmaram sua existência com inúmeras provas, embora o “baú” propriamente dito, ainda continua um mistério … Será?

Região de Bel Ombre
Região de Bel Ombre - Seychelles Tourism

Mahé –-uma das mais belas ilhas de Seyhelles-– há mais de 30 anos também se tornou protagonista dessas histórias de piratas, quando a família (pai e filho), conhecidos como os “Homens do Tesouro”, não mede esforços em pesquisas e equipamentos para encontrar o tesouro. Eles tem o mapa nas mãos, mas não conseguem decifrá-lo!

John Cruise-Wilkins, um dos homens do tesouro, ao lado de uma pedra com inscrições que acredita ser uma das pistas deixadas plo pirata Levasseur
John Cruise-Wilkins, um dos homens do tesouro, ao lado de uma pedra com inscrições que acredita ser uma das pistas deixadas plo pirata Levasseur - Helen Soteriu

A existência do tesouro começa numa viagem com vários anos de distância. Em 1721, o pirata francês Olivier Levasseur, conhecido como La Buse (O Urubu) atacou o galeão português ‘Nossa Senhora do Cabo’, carregado de ouro, prata, e pedras preciosas, nas costas de Madagáscar, quando se dirigia para a Inglaterra.

Perseguido pela Marinha Britânica, Levasseur se refugiou em Seychelles, onde enterrou a muamba, dizem numa das inúmeras cavernas de Mahé. Capturado e depois executado em 1730, na Ilha de Reunião, Levasseur nunca revelou o local do tesouro escondido, mas quando de sua prisão, as autoridades britânicas encontraram em seu poder um pergaminho com um criptograma de 17 linhas. Ao ser preso ele disse: “meu tesouro para quem entender”.

Este mapa, genuino do século 18, se encontra no Museu Britânico, em Londres, e munidos de uma cópia, a família Cruise-Wilkins tenta desvendar os símbolos e garatujas.

Em Bel Ombre, Mahé, existem dois tesouros. O primeiro, uma alternância de belas paisagens com outras melhores ainda. O outro, invisivel por enquanto: o butim do pirata Levasseur
Em Bel Ombre, Mahé, existem dois tesouros. O primeiro, uma alternância de belas paisagens com outras melhores ainda. O outro, invisivel por enquanto: o butim do pirata Levasseur - Seychelles Tourism

Levasseur antes de se tornar pirata, foi um intelectual versado em grego, latim e matemática. Já os ‘homens do tesouro’ de Seychelles quebram a cabeça para resolver o enigma do mapa, utilizando o hebraico, astronomia, mitologia, ocultismo e astrologia.

Os seychelenses acreditam que eles estão ‘bem quentes’ de descobrir o tesouro na belíssima área de Bel Ombre, em Mahé, com sua exuberante vegetação tropical, praias de areia branca, ao lado de enormes rochas de granito esculpidas pelas ondas.

A aventura está em alta em todas ilhas de Seychelles
A aventura está em alta em todas ilhas de Seychelles - Flick

Que tal aproveitar suas férias numa das 115 ilhas desse arquipélago no oceano Índico que faz das paisagens um elogio à natureza, e ainda sair de lá com uma bolada de 70 milhões de dólares? A outra metade fica – obrigatoriamente – para o governo de Seychelles. Tá feito o convite!