A experiência de viver um mês em Moscou

Em parceria com oviajante
26/10/2017 13:22

Escrever sobre a Rússia não é uma tarefa fácil. Tanto pelo o que vivi nesse país como pelo o que a própria Rússia representa.

Primeiro, por ser a gigantesca terra de Lenin, Trotsky e tantos outros. Terra que vivenciou uma das mais importantes revoluções da Era Moderna, pois mesmo aqueles que torcem o nariz para a URSS têm a obrigação de reconhecer a grandiosidade do que foi a Revolução Russa.

St. Basil’s e Praça Vermelha
St. Basil’s e Praça Vermelha

Independentemente do quanto a URSS (sob a batuta de Stalin) se distanciou dos sonhos revolucionários, a transformação social que ocorreu na Rússia não pode ser ignorada: coletivização da terra, industrialização, educação e saúde universais, igualdade de direitos entre gêneros e instituição de políticas públicas voltadas às mulheres.

Crianças admiram um quadro no Museum of the Great Patriotic War
Crianças admiram um quadro no Museum of the Great Patriotic War

Em segundo lugar, sempre tive uma queda pelos escritores russos: Tchekhov, Gogol, Turguêniev, Dostóievski, Tolstoi. Ao lê-los, o caráter e personalidade dos russos me intrigavam e, pode ser loucura, mas sempre vi uma certa similaridade conosco, brasileiros. Com as devidas diferenças históricas e sociais, consigo ver algo em comum entre os vícios e paixões dos personagens russos e os clássicos personagens brasileiros (Brás Cubas e suas memórias, o ganancioso dono do Cortiço João Romão, os olhos de cigana oblíqua e dissimulada de Capitu ou as decisões de Anna Karenina).

Por isso, conhecer esse país sempre foi um objetivo pessoal –meio que relegado a um segundo plano, mas ainda assim um objetivo.

Frios?

Estação de metrô movimentada em Moscou
Estação de metrô movimentada em Moscou

Antes de ir para a Rússia, tanto meus amigos brasileiros quanto europeus me perguntavam o que uma garota de 27 anos viajando sozinha iria fazer lá e sempre me alertavam que os russos eram frios, antipáticos, violentos e que ninguém falava inglês. A afirmação mais correta é a última, pois a maioria não fala nada além da língua materna.

Praça Vermelha e Kremlin
Praça Vermelha e Kremlin

Na minha primeira vez no Kremlin fui ao posto de informações tirar algumas dúvidas sobre os ingressos. Questionei a funcionária em inglês, ela me disse um monte de coisa em russo e me entregou um folheto. E é mais ou menos sempre assim. Talvez tenha sido azar o meu, ela estava de mau humor ou o que seja, enfim…

Confira a íntegra do texto e outras fotos em  O Viajante

Por Shaula Chuery